A Energias de Portugal (EDP) vai construir, no início de 2007, uma nova subestação na Guarda, que ficará localizada na Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE). O investimento ainda está em estudo, mas a eléctrica portuguesa prevê que a obra tenha um custo total de cerca de três milhões de euros e esteja pronta em 2009.
A nova subestação permitirá uma «maior flexibilidade de redes, uma melhoria dos serviços, mais alternativas de alimentação e o fornecimento de electricidade a novos clientes», referiu o director da Área de Rede Beira Interior na última terça-feira, durante a apresentação do balanço das obras realizadas este ano. Fernando Pais Rocha garantiu também que a autarquia já disponibilizou um terreno para a instalação desta nova unidade, que permitirá «evitar o que aconteceu no apagão ocorrido em Maio de 2005». A empresa conta actualmente com cerca de 290 mil clientes na Beira Interior, tendo registado nos últimos três anos uma taxa de crescimento de 0,8 por cento. Por outro lado, a EDP tem vindo a investir gradualmente para garantir uma maior fiabilidade das infraestruturas eléctricas, de forma a diminuir o número de incidentes no fornecimento da energia aos consumidores. «O triénio 2003-2005 caracterizou-se por elevados investimentos estruturantes, nomeadamente em subestações, rede de alta e média tensão, rede de fibra óptica e equipamentos de telecomando de rede», disse.
2005 destacou-se com o «investimento mais elevado desse período», cerca de 16 milhões de euros, tendo este ano baixado para perto de 15 milhões de euros. Actualmente, a Área de Rede Beira Interior tem em curso obras orçadas em mais de 29 milhões de euros. Mas a este montante são ainda acrescidos cerca de 12 milhões de euros para a manutenção das redes existentes na região. Segundo a EDP, a automatização da rede de distribuição de electricidade, efectuada com a instalação da fibra óptica e os equipamentos de telecomando, «permitiu reduzir significativamente as interrupções no fornecimento de energia eléctrica», prevendo-se que este ano a falta de luz diminua dos 201 minutos (2005) para os 96 minutos. Após a abertura do mercado liberalizado, Fernando Pais Rocha revelou igualmente que já houve clientes – embora não haja dados concretos – que mudaram de operador, mas que «acabaram por voltar para a EDP».