A DECO analisou centenas de contadores da EDP e concluiu que quase 60 por cento dos que têm tarifa bi e tri-horária apresentam uma hora incorreta, o que fez com que a EDP tenha cobrado valores incorretos aos seus clientes.
A Defesa do Consumidor exige agora uma auditoria independente aos contadores da EDP de modo a que a entidade reguladora do sector, a ERSE, possa agir sem se basear apenas nos dados que lhe são fornecidos pela empresa. Para isso, os consumidores devem verificar o seu equipamento com a ajuda de uma aplicação disponibilizada no site da DECO, para que a associação possa agir junto da empresa e outras entidades. Segundo o levantamento da DECO, 12 pro cento dos contadores registaram mais de 30 minutos de diferença e cerca de 14 por cento entre 11 e 30 minutos. Apenas 41 por cento dos aparelhos tinham a hora real ou erros até dois minutos.
«Detetámos nove casos particularmente graves, com diferenças iguais ou superiores a uma hora. Carvalhal da Aroeira (concelho de Torres Novas), Lisboa, Minde (concelho de Alcanena), Viseu, Bragança e Cercal (concelho de Ourém) e Chaves estão na lista. Nos exemplos mais graves, em Chaves e Cercal, dois contadores bi-horários apresentavam duas horas de desvio face à hora real», refere a DECO em comunicado. Contudo, anteontem o “Correio da Manhã” avançou que a EDP cobrou três milhões de euros indevidos a cerca de 480 mil pessoas. Entretanto, os consumidores afetados por anomalias técnicas nos contadores de eletricidade vão ser compensados pela EDP, garantiu nesse dia a ERSE.
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