Arquivo

«É possível o PS ganhar a Câmara da Covilhã»

Cara a Cara – Entrevista

P – Foi reeleito presidente da JS da Covilhã. Quais serão as prioridades deste mandato?

R – No primeiro mandato, a nossa prioridade foi claramente a organização interna. Tivemos uma preocupação muito grande em revitalizar a estrutura e criar novos núcleos da JS. O que pretendemos para os próximos dois anos é mostrar-nos e dar a cara com iniciativas, não só para os jovens socialistas, mas para todos os jovens do concelho.

P-E quais serão?

R- Trata-se de debates e fóruns de discussão sobre temas que interessam aos jovens, como o aborto, a constituição europeia, a despenalização das drogas leves, entre outros. Estas iniciativas tanto podem ser feitas na sede do partido, como noutros locais do concelho, pois um dos nossos objectivos é descentralizar as actividades da JS para as freguesias. Queremos também dar formação ao nível autárquico num encontro que irá realizar-se no início de Junho. Pretendemos ainda debater com associações de carácter juvenil e colectividades. Havia na Covilhã associações que tinham várias actividades para jovens, como futebol, ginástica, xadrez, mas muitas delas deixaram de as ter devido aos empréstimos contraídos para construírem “elefantes brancos” – as sedes. Para quê este investimento quando as actividades deixaram de existir?

P-Com as autárquicas à porta, que análise faz do facto do PS ainda não ter apresentado o candidato à Câmara?

R- Estou certo que o candidato será apresentado no momento que o PS considerar oportuno. Mas acho que este ano tem havido uma maior entrega e participação do PS nas autárquicas. As coisas estão a correr muito bem nas freguesias e nalgumas delas a JS e o PS estão de mãos dadas na elaboração das listas, na discussão com grupos e colectividades. Isto mostra uma nova dinâmica que o partido tinha que ganhar, fruto dos últimos resultados eleitorais. Não nos podemos esquecer que o PS foi avassalador nas últimas legislativas nas freguesias, o que revela que há potencialidades para elegermos um presidente de Câmara.

P – Mas este atraso não será prejudicial?

R – O PS tem vindo a fazer campanha e tem-se mostrado cada vez mais interveniente. Tentamos alertar os covilhanenses para a política que esta Câmara tem estado a fazer. Ao nível dos jovens, não vimos qualquer política. A nós, jovens, Carlos Pinto habituou-nos a muitos “show-offs”. Tivemos o do Parlamento da Juventude e do cartão municipal da juventude, que ainda não foram implantados. Nas outras áreas, preocupa-me o hipotecar constante dos recursos da Câmara a 30 ou 40 anos. Como é que a autarquia irá fazer obra passados esses anos? Nessa altura, tenho a certeza que Carlos Pinto já cá não estará para responder.

P – Acredita que o candidato do PS pode conquistar a Câmara, mesmo que Carlos Pinto se recandidate?

R – Acredito. Os resultados das legislativas foram muito bons e foi um impulso muito grande. Isto quer dizer que a política do Carlos Pinto está a revelar-se com o passar do tempo. As pessoas já não caem na obra feita e começam a preocupar-se com outras questões, como o tarifário da água ou o endividamento da Câmara. Por causa da “febre” eleitoral está tudo a mexer nas freguesias, mas há um ano atrás o que existia eram apenas as obras Polis. Tudo o resto estava parado.

P-Qual o apoio da JS nas autárquicas?

R-Estaremos disponíveis para participar a todos os níveis. Vamos ajudar o PS a alcançar a Câmara da Covilhã. Por exemplo, nas reuniões com as associações, vamos recolher o maior número de elementos para tornar o manifesto eleitoral da JS a nível de políticas da juventude o mais rico possível e para que seja incluído no programa autárquico. Para além disso, estamos cá para colar cartazes, festas e fazer campanhas de rua.

Sobre o autor

Leave a Reply