Eduardo Brito escreveu esta semana aos quatro deputados eleitos pelo círculo da Guarda após um PIDDAC «penalizador» para o seu concelho. A missiva, apresentada na última reunião do executivo senense, é bastante crítica da actuação dos parlamentares, que, na opinião do autarca, materializam a «falta de afirmação política» do distrito no contexto nacional. «Nós temos os problemas que temos porque os nossos deputados põem em primeiro lugar a sua carreira política e só depois o distrito. Eu penso que não deve ser assim e o distrito tem que estar sempre em primeiro lugar, mesmo que isso represente arriscar as suas carreiras políticas», disse a “O Interior”. Eduardo Brito considera que os distritos «fortes» só são possíveis com deputados «fortes e corajosos, que não têm medo de bater o pé esteja quem estiver no Governo». O presidente da Câmara de Seia considera ainda que o argumento da crise «não é sério», porque se ela existe, «deve ser paga por todos os distritos e concelhos em partes iguais», e apela a que os deputados intervenham «contra a injustiça» praticada relativamente a vários projectos do seu concelho, nomeadamente a construção do novo hospital, a variante de Seia, o quartel da GNR de Paranhos, quartel de Bombeiros de Loriga, IC6 e IC7. Obras que «continuam a não fazer parte dos planos do Governo para os tempos mais próximos», lamenta.