Deus me traga o engano. Porque acredito que é possível fazer diferente. Porque tenho fé que há quem saiba caminhos de construção mais importantes que ruas de amargura. Porque na redefinição é possível a narrativa crítica do passado. Porque acredito que no futuro não há lugar para as diatribes que nos conduziram à dependência, ao défice e aos benefícios de minorias.
O Congresso das Cotovias
Decorreu em Lisboa e trouxe cinco prejuízos: 1- Um secretariado de gente sim. 2- Uma noite de facas longas. 3 – Um discurso sem definições e sem estratégias. 4 – Um líder enredado de gente pouco escrupulosa, que levou ao palco as mulheres mortas (que tem feito o PS sobre isto?) e o cante alentejano (em que o PS labutou pouco). 5 – A tentativa de abafar a avaliação histórica sobre o partido e as suas governações.
A cotovia não morde o castor. Por isso se a oposição nasce para voos doentes, caminhos conhecidos, repetição de menus, monotonia de discursos, então a cotovia voa livre e alto mas nunca afastará o castor. O predador não desarmará e o futuro não muda.
Deus me prove o engano para testemunhar a queda desta equipa governativa. Deus leve o deslumbramento. Deus me poupe à insensatez. Deus me afugente a irreflexão. Um caminho novo é sempre estruturado, frugal, refletido, corajoso, sólido.
Por: Diogo Cabrita