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Destino da estação covilhanense decidido este mês

Rádio da Covilhã escolhe entre a Boidobra e projecto com a UBI

Até ao final deste mês, a direcção da Rádio da Covilhã vai decidir quanto às novas instalações da emissora que funciona actualmente num edifício da Câmara da Covilhã. Mas a hipótese que parece reunir mais consenso junto dos dirigentes é a mudança para um outro edifício da autarquia na Quinta da Alâmpada, na Boidobra. Facto que já causou a indignação dos trabalhadores, para quem o «afastamento da cidade é prejudicial para a rádio», agravando-se ainda o facto de continuarem «dependentes» de instalações da autarquia.

Segundo apurou “O Interior”, o descontentamento dos funcionários foi manifestado junto da direcção na última semana, ainda para mais quando existe um projecto conjunto daquele organismo com a Universidade da Beira Interior, cujo projecto e respectivo financiamento foram já aprovados com cerca de 100 mil euros pelo Instituto da Comunicação Social (ICS) para a recuperação de um edifício junto do pólo central da UBI e modernização dos equipamentos. Além disso, haveria ainda a vantagem da casa ser «depois cedida sem custos para a rádio», sublinham os trabalhadores, segundo os quais o projecto é considerado «arrojado e a melhor solução para o futuro da emissora». No encontro com a direcção, expressaram mesmo «alguma estranheza» pelo facto de serem agora invocados «problemas financeiros e falta de acessibilidades para deficientes», depois de «todos os esforços e convicção para conseguir o financiamento do ICS» para o projecto com a UBI, segundo apurou “O Interior”. Contactado por “O Interior”, Jorge Santos Silva, presidente da direcção da Rádio Covilhã, garantiu que «ainda não foi tomada nenhuma decisão» e que das três hipóteses que existem actualmente (Boidobra, UBI ou as actuais instalações) irão escolher aquela que for «economicamente a melhor». «À direcção compete gerir e é isso que faremos», acrescentou, avisando que se irá ter em conta «o que é melhor para a rádio e não os interesses pessoais».

Já o vereador da Câmara da Covilhã (e actual presidente da concelhia do PSD), Joaquim Matias, director de programação da Rádio da Covilhã, considera a Boidobra como a opção económica mais favorável até porque «os recursos disponíveis não são suficientes para recuperar a casa junto à UBI e para modernizar os equipamentos». «Só a recuperação do edifício ronda os 85 mil euros», alega. Também Horácio Carvalho, funcionário da autarquia covilhanense e que desempenha o cargo de coordenador da estação, considera a deslocação para a Quinta da Alâmpada mais favorável para o futuro da emissora. «A rádio precisa de instalações condignas e, tendo em conta a zona de expansão da Boidobra, não vejo qualquer inconveniente», refere, considerando ser necessário haver «consciência económica» nos passos a tomar nos próximos tempos. «A situação financeira preocupa-nos porque já dizem respeito a dívidas correntes», justificou.

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