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Derrota injusta atira Aguiar da Beira para o Distrital

Equipa de Totá voltou a ser muito prejudicada pela arbitragem frente ao União de Coimbra

A 31ª jornada foi muita injusta para a equipa de Aguiar da Beira, que perdeu em casa com o União de Coimbra por 2-1. Os conimbricenses vieram jogar com todas as cautelas, pois sabiam que os locais eram uma equipa ganhadora no seu reduto. Assim, durante todo o desafio, o jogo praticado pelos visitantes foi sempre o mesmo, com uma defesa reforçada e bolas bombeadas para a frente onde os seus dois avançados tentaram surpreender a defesa do Aguiar.

Na primeira metade, os locais não jogaram bem, já que a pressão era muita e só a vitória interessava. Mas, mesmo assim, criaram algumas ocasiões de golo. Aos 8’, Zeca deu o primeiro sinal de perigo ao cabecear rasteiro, embora a bola tivesse saído ao lado da baliza de Joca. Aos 27’ surgiu um dos muitos casos protagonizados pelo trio de arbitragem. A bola foi à linha de fundo, Varandas passou para Agostinho, que rematou para um golo limpo, mas só depois do esférico bater nas redes é que Vítor Costa, por sinal do auxiliar, invalidou o golo por alegada transposição da linha. Foi um erro grosseiro e premeditado, na nossa opinião, pelo trabalho que os juizes de campo fizeram até final do jogo. Em contra-ataque e com a bola a ir directamente da defesa para a frente, o União fez o seu primeiro golo aos 29’, por Xirola, que recebeu bem e, sem oposição, rematou de cabeça. O Aguiar teve nova situação de perigo aos 34’, com Nuno Gomes a aproveitar a confusão na área visitante para rematar e obrigar Joca a defesa apertada. No minuto seguinte foi Filipe quem brilhou ao evitar, com uma palmada para canto, aquele que poderia ter sido o segundo golo do União num remate de Vitor Dolista.

Na segunda metade, a equipa caseira entrou melhor no jogo, praticando bom futebol, enquanto a equipa visitante voltou a aplicar a mesma táctica para defender o resultado. Fez anti-jogo, demorou “eternidades” na reposição da bola, com a equipa de arbitragem a marcar faltas constantes aos jogadores do União para nitidamente travar o ataque do Aguiar. Mesmo assim, os locais tiveram várias ocasiões de golo, mas a bola teimou sempre em não entrar. Zeca foi diversas vezes derrubado dentro da grande área contrária e pelo menos duas eram passíveis de grande penalidade. Também Agostinho foi impedido e agarrado por um defesa contrário e nada foi assinalado. Por isso, não tardou o segundo golo dos visitantes, aos 60’, por Vitor Dolista, em jogada idêntica à do primeiro. Foi um golo contra a maré, uma vez que o Aguiar controlava o desafio, apesar de ser nitidamente prejudicado pelo trio de arbitragem. Os locais ainda marcaram o seu golo aos 77’, numa jogada individual do pequeno, mas grande jogador, Celso – ainda júnior -, entrado minutos antes. Um bonito golo num jogo marcado pela péssima actuação da equipa de arbitragem, que teve influência no resultado.

Pedro Sousa

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