A oscilar entre o cómico e o trágico, “Deixem-me Ressonar”, a nova produção do Teatro Regional da Serra do Montemuro, está dia 12 em Pinhel, no Cine-Teatro São Luís. A peça, estreada recentemente em Faro, retrata uma realidade que alguns denunciam – sobretudo sempre que querem trunfos eleitorais -, mas que todos preferem continuar a ignorar: a da velhice abandonada e solitária em Portugal. O texto é de Thérèse Collins e encenação a de Abel Neves.
Destinado a um público maior de 12 anos, trata-se de um espectáculo cómico, que pretende emocionar e comover. De acordo com uma nota da produção, “Deixem-me Ressonar” retrata o encontro acidental de três simpáticos velhotes e uma auxiliar num quarto de hospital. A peça gira depois em torno da amizade que constroem, das tropelias que vivem e das loucuras que cometem para se manterem juntos… no hospital, onde finalmente encontraram alguém que ouve as suas queixas, que olha por eles e que está presente. Depois de Faro, “Deixem-me Ressonar” rumou ao Espaço Montemuro, em Campo Benfeito, sede da companhia, com espectáculos especialmente destinados às escolas. Com texto de Thérèse Collins, a produção tem encenação de Abel Neves, tradução de Graeme Pulleyn e Célia Fechas, cenografia de Ana Limpinho e Maria João Castelo, carpintaria de cena de Carlos Leal, figurinos de Ana Limpinho e Maria João Castelo, direcção musical de Simon Fraser, desenho de luz de Paulo Duarte, direcção de cena de Abel Duarte e produção de Paula Teixeira. Em palco vão estar Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte e Daniela Vieitas. “Deixem-me Ressonar” é a décima oitava produção do Teatro Regional da Serra do Montemuro. Desde o seu aparecimento no panorama do teatro profissional português em 1995, a companhia tem cumprido um dos mais sistemáticos e organizados programa de itinerância pelo país e estrangeiro, com apresentações em Inglaterra, França e Brasil, e espectáculos de sucesso como “Lobo – Wolf”, “A Grande Aventura”, “A Caminho do Oeste”, “Eira dos Cães” ou “Carrada de Bestas”.
