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Criação de emprego é prioridade de Eduardo Brito

Conceito de “cidade inteligente”, virada para o desenvolvimento de novas tecnologias e a investigação, é a base do programa eleitoral do candidato do PS à Câmara da Guarda

Eduardo Brito considera que «nunca se falou tanto de emprego na Guarda como agora» e a justificação é simples para o candidato socialista à presidência da autarquia: «Toda a gente reconhece que a estratégia da atual maioria, esta economia do desperdício, não tem futuro e leva à ruína a cidade», afirmou o cabeça-de-lista durante a apresentação do programa eleitoral, na segunda-feira.

Num auditório repleto do Instituto Português do Desporto e da Juventude, Eduardo Brito sintetizou o mandato de Álvaro Amaro dizendo que o presidente social-democrata «trouxe para a Guarda uma política já gasta, dos anos 80, mas também uma empresa de flores e um conjunto de especialistas em eventos e festas, bem pagos, a grande maioria dos quais não é da região». O socialista garantiu ainda que a maioria PSD-CDS na Câmara criou «uma grande ilusão com festas copiadas de outros sítios e pensou com isto que o problema da Guarda estava resolvido, mas esqueceram-se do INE, que nos diz com regularidade como está o nosso concelho». O candidato voltou a prometer que vai baixar o IMI para 0,35 por cento, bem como as tarifas da água e outras taxas municipais.

Se for eleito, Eduardo Brito compromete-se também a criar um fundo de um milhão de euros para apoiar a fixação de empresas e de jovens empreendedores. E para o centro histórico tenciona adquirir imóveis para instalar estudantes, empresários e museus. «O “coração” da cidade tem que fervilhar de pessoas, de negócios e de cultura», disse, reiterando ainda que vai atribuir ao IPG uma verba anual de 400 mil euros para que o Politécnico «se internacionalize e financie projetos de investigação». O cabeça-de-lista pretende ainda apostar na economia social, que considera poder contribuir para dinamizar o mundo rural «com empregos qualificados e na compra de produtos agrícolas locais».

Coube a António Gil, coordenador do programa eleitoral do PS, elaborado com os contributos de mais de 50 pessoas, apresentar as suas linhas gerais. O fio condutor do documento é a proposta de transformar a Guarda em cidade inteligente com a criação de um Centro Empresarial e de uma incubadora de empresas, um Laboratório Europeu de Blockchain (tecnologia considerada a segunda fase da Internet), de um Laboratório de Agricultura Biológica em Altitude e outro dedicado ao ar puro. Os socialistas querem também criar uma moeda local, denominada “Sancho”, que só circulará na Guarda. «Será uma moeda que todos vamos ter e que nos permite gastar dinheiro aqui e não lá fora», explicou António Gil. O responsável acrescentou que o conceito de “Guarda cidade inteligente” é «o projeto ambicioso» que fará com que seja criado emprego e seja invertida «a tendência das pessoas saírem da cidade».

A criação da Casa do Clima e de um pavilhão multiusos, a implementação de um Plano Municipal de Saúde e de um programa de mobilidade concelhia, bem como a abertura dos museus dos jogos tradicionais, da alimentação e do ar puro são outras propostas da candidatura. Eduardo Brito quer ainda concretizar os projetos da “estrada verde”, de ligação da cidade à Torre, da Alameda da Ti’Jaquina e da Variante à Sequeira, mas também tornar a gestão municipal «mais transparente e participada».

Luis Martins Eduardo Brito considera que a estratégia de Álvaro Amaro é «a economia do desperdício»

Comentários dos nossos leitores
Mike mikealfa@hotmail.com
Comentário:
Pela primeira vez em 40 anos existe um plano de desenvolvimento para a Guarda com pés e cabeça-É ambicioso vamos ver se conseguem cumprir.
 

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