Autarquia vai contratar uma empresa especializada para vender lotes e encontrar o modelo de gestão desta área industrial que tem atualmente 12 unidades instaladas.
A Câmara da Guarda vai contratar uma consultora internacional para vender lotes da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) e encontrar o modelo de gestão para aquele espaço industrial. «Precisamos de consultores que dominem esta área e convidámos os três melhores “experts” a apresentar propostas. Este mês chegam os primeiros pareceres», confirmou o vereador Vítor Santos.
O responsável pelo pelouro das Atividades Económicas adianta que as empresas – entre as quais a Jones Lang LaSalle – foram abordadas na última feira de transportes de Berlim, a maior da Europa dedicada ao setor e à logística, no final de 2012, e que apenas uma delas será contratada por um período de um ano, renovável ou não. «Será escolhida aquela que melhores estratégias apresentar, sendo que o objetivo é a instalação de mais empresas na plataforma logística e na área industrial contígua e com isso o desenvolvimento económico da região», acrescenta. Vítor Santos revela que foram pedidos pareceres sobre comunicação, promoção e gestão da PLIE, «enquanto espaço de logística, com um “truck center”, e parque empresarial e industrial apoiado por um centro tecnológico».
Passados mais de dez anos sobre o lançamento do projeto, o responsável admite que «teria sido melhor fazer este trabalho antes», no entanto, está otimista em relação ao momento atual: «A crise é propícia ao investimento, até porque é em alturas destas que se fazem bons negócios», acredita. Atualmente, há 12 empresas a laborar na PLIE, que tem cerca de 110 hectares, e outras seis com projetos de instalação – entre as quais a transportadora Broliveira, que adquiriu 18 lotes. Mas o futuro vai fazer-se sobretudo com «pequenas e médias empresas portuguesas, pois há procura do mercado interno, e pretendemos também cativar um grande grupo estrangeiro», anuncia o vereador, sem revelar mais pormenores.
Por subscrever continua o aumento de capital social dos atuais 50 mil euros para 1,5 milhões, anunciado em 2008. O impasse faz com que a autarquia ainda seja o maior acionista da PLIE, o que quase transformado a Sociedade Anónima (SA) numa empresa municipal por a Câmara deter 63 por cento do capital. Para evitar que a situação se repita e forçar os privados a tomar conta do projeto, o executivo já aprovou uma deliberação segundo a qual o município só assumirá até 37 por cento do capital social quando se concretizar o aumento de capital.
Luis Martins