A promoção de iniciativas que dinamizem a produção de cereja e divulguem as qualidades do fruto são duas das principais preocupações do chanceler da Confraria da Cereja de Portugal, empossado, na Covilhã, na última segunda-feira.
Apesar de nascer na Cova da Beira, a nova entidade promete dar atenção à cereja de todo o país e pondera a possibilidade de, no futuro, abrir núcleos noutras regiões de grande produção, como Resende ou Alenquer, «onde a tradição parece estar a desaparecer», justifica José Rapoula. O chanceler é também presidente da Cooperativa de Fruticultores da Cova da Beira, em cujas instalações a confraria vai ficar instalada provisoriamente. Segundo José Rapoula, a sede vai ser encontrada em conjunto com a Confraria do Azeite, que também está em instalações provisórias desde 2004. «Queremos partilhar instalações para reduzir custos», explica. De acordo com o chanceler da Confraria da Cereja, os órgãos sociais vão agora detalhar um plano de acção.
«Há muitas ideias e iniciativas que se podem promover, como feiras e colóquios, mas também podemos ter um papel importante no aconselhamento», refere. No caso concreto da Cova da Beira, José Rapoula considera necessário unir os produtores na comercialização do fruto por considerar «pouco saudável» a actual proliferação de marcas. «Há cereja da Gardunha, do Fundão e outras quando, afinal, dizem todas respeito à Cova da Beira», sustenta, sublinhando ainda a necessidade de um estudo sobre as cerejeiras desta zona, para calcular qual a produção média anual e os hectares ocupados.