O presidente da Conforlimpa, empresa de serviços de limpeza, já respondeu às acusações do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços (CESP), que denunciou recentemente a existência de ordenados em atraso para com as trabalhadoras do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB).
Numa resposta escrita à agência Lusa, Armando Cardoso considera que os sindicatos são «verdadeiros parasitas» que «destabilizam e criam convulsão social». Isto porque se os funcionários ainda não receberam os salários tal deve-se ao Estado, «que não paga as suas dívidas». Segundo o responsável, a Conforlimpa assumiu o serviço de limpeza do CHCB em maio passado, mas nada terá sido ainda pago. «Lamentamos a situação, mas não existem varinhas mágicas e milagres», sublinha, anunciando que a empresa só pagará às trabalhadoras «quando as verbas em causa forem desbloqueadas». Na semana passada, em conferência de imprensa, o CESP alertou que as funcionárias da Conforlimpa estavam a receber os ordenados através de cheque «entregue até dia 4 e que só fica disponível lá para dia 8». No centro hospitalar, que engloba os hospitais da Covilhã e Fundão, trabalham 30 funcionárias de limpeza. A maioria recebe o salário mínimo nacional (485 euros).