“Oportunidades” foi o mote paras as segundas “Conferências da Guarda”, realizadas na passada sexta-feira e que debateram e informaram sobre o programa “Portugal 2020”.
O presidente da autarquia, Álvaro Amaro, anunciou que já está em funcionamento no município um gabinete direcionado para os fundos comunitários, criado com o propósito de «agarrar» as oportunidades deste quadro de apoio, sendo que estão ao serviço duas funcionárias que têm a obrigação de «dominar, de trás para a frente e da frente para trás, os regulamentos que estão a ser desenhados, os avisos, as candidaturas». O gabinete espera ser «uma linha avançada de apoio» aos investidores e está ao dispor de instituições e empresas do concelho. A conferência “Oportunidades” foi também a forma que a autarquia encontrou para descodificar este «mar de informação» que é o programa “Portugal 2020”, sendo «necessário conhecer muito bem todas as gavetas», afirmou o edil, segundo o qual «ter muita informação é ter algum poder de decisão».
«O “Portugal 2020” tem um rumo, uma opção estratégica com a qual globalmente eu concordo», acrescentou Álvaro Amaro, lamentando, no entanto, que este quadro comunitário não tenha previsto o financiamento de estradas para «ligar localidades e a atividade económica» devido a «asneiras do passado nos grandes centros». O mesmo pensa sobre o setor da educação, afirmando que neste novo programa comunitário deveria haver maior disponibilidade financeira e, em concreto, gostaria de instalar um novo centro escolar na cidade da Guarda, mas sem financiamento será muito difícil. O autarca guardense disse querer «agarrar as oportunidades» e está trabalhar em colaboração com a Comunidade Intermunicipal (CIM) Beiras e Serra da Estrela, pois o 2020 prevê um trabalho em rede, «a realidade intermunicipal».
Por sua vez, a presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) falou sobre “Os Apoios às Empresas no Centro 2020”. Ana Abrunhosa considerou que as CIM poderão submeter os primeiros projetos já em agosto e que os primeiros pactos serão assinados ainda em julho. O novo quadro comunitário prevê menos obras e menos infraestruturas e aposta na coesão social. A conferência sobre “Oportunidades” contou ainda com a intervenção de Duarte Rodrigues, do Conselho Diretivo da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.
Ana Eugénia Inácio