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Comunistas contra centros comerciais na Guarda

Problemas urbanísticos e desigualdade de tratamento entre empresários no centro da controvérsia

A concelhia da Guarda do Partido Comunista Português (PCP) manifestou-se esta semana contra os dois centros comerciais projectados para a cidade. Em causa estão «novas agressões urbanísticas que degradam e comprometem a harmonia de uma urbe com mais de 800 anos de história», acusam.

Em comunicado, o PCP considera «ilegal» a ocupação, por parte do Vivaci, do espaço público do Largo do Prolar, que os comunistas dizem ser para «exclusivo benefício do promotor imobiliário». Além disso, põem em causa a volumetria do edifício, que «esconde a muralha e a vista para o outro lado da Avenida dos Bombeiros Egitanienses». Para o PCP, trata-se de um «mostrengo» autorizado pela Câmara da Guarda e cuja construção está «perfeitamente desenquadrada do meio urbano em que se insere». No caso do Guarda Mall, a concelhia contesta a «clara violação do Plano Director Municipal» e a perda de vários lugares de estacionamento gratuito na zona do mercado municipal. Alerta também para os danos que os comerciantes ali instalados poderão vir a sofrer e a argumentação usada para aprovar o Plano de Pormenor para aquela zona. Num caso e noutro, o PCP da Guarda acredita que os dois centros comerciais vão pôr em causa «a subsistência do comércio tradicional, que não dispõe dos privilégios e apoios camarários atribuídos aos promotores destes projectos imobiliários».

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