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Coligação PSD-CDS gastou 475 mil euros com publicitário durante a campanha

Quase meio milhão de euros foi quanto pagou a coligação Portugal à Frente ao publicitário brasileiro André Gustavo, pelo aconselhamento a Passos Coelho e Paulo Portas para as eleições legislativas. Segundo a notícia hoje avançada pelo jornal “Público”, os números constam das listas de meios e ações de campanha que os partidos entregaram no Tribunal Constitucional, e que vão ser analisadas nos próximos meses pela Entidade das Contas e Financiamento Políticos (ECEP).

Na lista da coligação Portugal à Frente (PaF) aparecem registos de pagamentos, no total de 475 mil euros, feitos à Arcos Propaganda, empresa do referido publicitário, que já em 2011 tinha trabalhado com Passos Coelho nas anteriores legislativas. André Gustavo refere ainda o jornal “Público”, foi mencionado recentemente na investigação da Operação Lava Jato.

António Carlos Monteiro, diretor financeiro da coligação, confirmou ao matutino este valor e disse que a escolha de André Gustavo foi feita pelos dois partidos, PSD e CDS. «Houve auscultação ao mercado, mas acabou por ser entendido adjudicar [ao publicitário André Gustavo] depois das sugestões feitas pelo PSD», explica o responsável, acrescentando que os serviços foram «prestados à campanha» e não a um dos líderes em especial.

Já o PS pagou 751 mil euros pela decoração de salas, a iluminação e o som para 18 comícios à AEDIS – Assessoria e Estudos de Imagem, empresa de que é sócio Domingos Ferreira, antigo militante do PS. A AEDIS, explica o “Público”, é «sistematicamente uma das maiores empresas fornecedoras do PS nas campanhas eleitorais, sem que para isso passe por concursos».

Questionado pelo PÚBLICO, Luís Patrão, responsável financeiro do PS, explica que a AEDIS fornece os cenários, a decoração do interior e exterior das salas, cadeiras, bancadas, palco, púlpitos e todo o som e iluminação, admitindo que é uma parcela muito significativa das contas.

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