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Clássico “Gata em Telhado de Zinco Quente” no TMG

Versão dos Artistas Unidos de peça de Tennessee Williams sobe ao palco do grande auditório no sábado à noite

Há um clássico do teatro contemporâneo para ver sábado à noite (21h30) no TMG. Nada menos que “Gata em Telhado de Zinco Quente”, do mítico Tennessee Williams, que está na Guarda na versão dos Artistas Unidos e do encenador Jorge Silva Melo.

A peça, estreada em 1955, em Nova Iorque, esta peça mostra um casal minado pela angústia, pela obsessão e pela culpa. O seu casamente chegou a um ponto sem retorno, destruído pelo álcool, pela ausência de filhos, pela desconfiança e também pelo amor. Tudo no ambiente sufocante e decadente de uma cidade sulista dos Estados Unidos, onde vivem a insinuante e desesperada Maggie, o seu atormentado marido Brick e a sua família rica. A interpretação é de Catarina Wallenstein, Rúben Gomes, Américo Silva, Isabel Muñoz Cardoso, João Meireles, João Vaz, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Rafael Barreto, Inês Laranjeira e Margarida Correia (ambas estagiárias da Escola Superior de Teatro e Cinema). «Heranças, valores, família, sexo. E a doença, a morte. O que é a propriedade privada? Muito resumidamente são estes os dilemas que enfrentam as personagens de “Gata em Telhado de Zinco Quente”», refere a produção.

Os Artistas Unidos têm vindo a explorar a obra de Tennessee Williams, sendo que neste espetáculo nos apresenta uma sociedade imobilizada no tempo, conservadora, personificada muitas vezes em caracteres que conflituam com o novo, o sonho, a vida. Estreada em Nova Iorque, em 1955, com direção de Elia Kazan, a peça ficou célebre graças ao belíssimo filme protagonizado por Elizabeth Taylor, Paul Newman e Burl Ives nos papéis principais. «No entanto, quer a versão de Kazan, quer o filme realizado por Richard Brooks em 1958 evitaram muitos dos problemas da peça original. Será possível ver outra vez Maggie, a Gata, como uma aventureira que a falta de dinheiro cega? Será possível voltar a pôr no palco estes dilemas, esta ansiedade, esta sofreguidão? Eu aposto que sim. Mas é uma peça de teatro», refere Jorge Silva Melo, a propósito desta peça. O espetáculo é para maiores de 16 anos.

Catarina Wallenstein e Rúben Gomes são Maggie e Brick, o casal minado pela angústia, obsessão e culpa

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