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Imprensa Regional esteve em debate no IPG

“Imprensa Regional da Beira Interior: memórias e percursos” foi o tema de uma seminário que decorreu hoje de manhã, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

A iniciativa pretendeu contribuir para a preservação da imprensa como «uma valiosa fonte de informação» que ultrapassa diversas épocas e contextos sociais económicos e políticos. Vítor Amaral, professor no IPG, falou sobre «Imprensa regional, cidadania e desenvolvimento: trajectos e desafios». O também vereador da Cultura na Câmara da Guarda realçou que, com a crescente facilidade de acesso às novas tecnologias, «os consumidores passaram a ser produtores ativos de informação». O docente referiu que, através da publicidade, «os governos, ao longo dos anos, têm tentado domesticar a imprensa». O professor do IPG defendeu ainda que o papel da imprensa regional é «muito significativo para se alcançar um desenvolvimento sustentado da região onde está inserida». Vítor Amaral fez também uma referência à imprensa regional da Guarda que considera «frágil em termos de recursos humanos» mas que, simultaneamente, «tem um trajeto recente e histórico interessante e é um exemplo para o país».

Nesta palestra sobre imprensa regional, falou-se também no jornal “Pinhel Falcão”, que começou por ser um periódico religioso. A exposição coube a Catarina Grilo que contou que a publicação em 1986, quando Maia Caetano assumiu a direção do jornal, «era um bocadinho rebelde, pois colocava em causa o que estava menos bem no concelho e criticava a autarquia de Pinhel». No entanto, a oradora explicou que devido a questões económicas a situação mudou e «hoje o principal patrocinador do jornal é a Câmara». Houve ainda tempo para recordar personalidades importantes para o jornalismo beirão, como Feio Terenas. Regina Gouveia contou que o jornalista teve «um protagonismo imenso» no contexto nacional na altura da transição da monarquia para o republicanismo. Presentes no seminário estiveram também Fernando Paulouro Neves com o tema “O Jornal do Fundão e a Censura” e Gonçalo Fernandes que falou sobre “Imprensa e Território”.

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