A proposta de lei para a reorganização do sector do turismo em cinco regiões foi chumbada em Conselho de Ministros na passada quarta-feira. Aquela que era a mais recente versão de um estudo encomendado pelo Governo previa que as actuais 19 regiões de turismo dessem lugar a apenas cinco, coincidentes com as NUTS II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve).
Fortemente contestada desde o início, a proposta destinava-se a «dar dimensão e massa crítica» às regiões de turismo, garantindo-lhes ainda «novas competências e mais verbas», segundo o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade. O documento também mereceu duras críticas na Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), cujo presidente acusou o Governo de estar «a destruir a marca Serra da Estrela». Por isso, o presidente da RTSE está satisfeito com a decisão. «É coerente com tudo aquilo que sempre defendi», garante, embora considere que o actual mapa também não serve por «não apostar em fortes marcas turísticas». Em Novembro de 2006, Jorge Patrão apoiou a proposta de 10 regiões então apresentada pelo Governo. Uma possibilidade que continua a considerar «adequada, por passar pela criação de nove ou 10 marcas distintas», sustenta o responsável.