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Centro de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência Doméstica abre na Guarda

Guarda e o Porto são as únicas localidades do país que dispõem deste serviço

Os números (ver quadro ao lado) de ocorrências de violência doméstica registadas no distrito da Guarda pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e pela Guarda Nacional Republicana (GNR) nos últimos dois anos «foram suficientes para justificar a viabilidade do projecto», garante a responsável. Assim, o novo Centro de atendimento pretende desenvolver «novas formas de aprendizagem de resolução de conflitos familiares» e criar mecanismos que «evitem ou diminuam» o risco de voltar a ser vítima de nova violência, sublinha Sofia Monteiro Ferreira. Nesse sentido o projecto apresenta vertentes de acompanhamento individual e grupo de entre-ajuda. Em termos de atendimento jurídico há um protocolo com a Ordem dos Advogado, o que garante um «grande apoio» a este nível: «É uma espécie de canal privilegiado», acredita. Porém, «cada caso é um caso», relembra, considerando que a grande aposta no Centro da Guarda vai incidir na sensibilização e prevenção primária junto das escolas com professores e alunos, na comunidade em geral e nas instituições de referência na organização social através da realização de “workshops” e promoção de debates públicos, por exemplo. A estratégia de intervenção delineada baseia-se numa «metodologia participativa», explica Sofia Monteiro Ferreira, em que se pretende que todos os intervenientes – público-alvo, técnicos que trabalham na área da violência em instituições locais e peritos da temática – sejam agentes activos no planeamento das acções em cada uma das vertentes do projecto. Nesse sentido, o Centro de Atendimento a Mulheres Vítimas de Violência Doméstica já integra o recente Conselho Local de Acção Social (CLAS) da Guarda, «para unir esforços com outras entidades», diz a técnica responsável. De resto, este é um projecto com uma duração de 24 meses, mas com «o desejo» de perdurar para além desta data.

Patrícia Correia

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