O Dia do Concelho de Celorico da Beira, celebrado no último domingo, ficou marcado pelo lançamento simbólico da primeira pedra do Bairro Social de Sta. Luzia, uma obra orçada em 2,85 milhões de euros (570 mil contos) e que se prevê estar concluída daqui por um ano. Outra cerimónia que esteve agendada mas que o mau tempo estragou, foi a demonstração do sistema PT WI-FI que permite o acesso à Internet sem fios, numa tecnologia em que o concelho celoricense surge como pioneiro, uma vez que se trata do «primeiro concelho do interior do país» a utilizar este tipo de equipamento, destaca Armando Neves, vice-presidente do município.
O «almejado» Bairro Social de Sta. Luzia vai «contribuir para o bem estar social das famílias mais desfavorecidas» que foram «despejadas» das suas casas há mais de três anos e que se encontram em habitações suportadas pelo município, sublinha o autarca António Caetano. As obras dos 48 fogos vão arrancar já de imediato, tendo a empreitada sido adjudicada à empresa Manuel Rodrigues Gouveia, que ganhou o concurso da empreitada com um prazo de execução de 52 semanas. Por isso, tudo indica que daqui por um ano estejam reunidas as condições para «entregar as chaves às famílias actualmente deslocalizadas dos seus lares naturais» e para as quais se «abre um novo ciclo», frisa o edil. Na sessão solene comemorativa do Feriado Municipal, António Caetano garantiu que «todos trabalhamos para o desenvolvimento e para que este concelho engrandeça», elogiando o trabalho desenvolvido pelos funcionários camarários. Neste sentido, os trabalhadores da edilidade com mais de 15 anos de serviço, foram alvo de uma homenagem, tal como sucedeu com a Associação dos Bombeiros Voluntários Celoricenses, pela dedicação à «causa pública» e à «actividade altruísta» desenvolvida. Na ocasião foi ainda assinado um protocolo entre a autarquia e os “soldados da paz”, em que a Câmara se compromete à atribuição de um subsídio com um limite máximo de 2.500 euros mensais.
Um «”rebuçado”» em forma de acesso à Internet sem fios
O mau tempo sentido na passada sexta-feira provocou uma avaria que impediu a demonstração do sistema PT WI-FI de acesso à Internet sem fios. Trata-se de uma tecnologia que vai ficar instalada no espaço Internet e no Centro Coordenador de Transportes e vai permitir a navegação na “net”, por banda larga – ou seja, a alta velocidade – a quem utilizar um computador portátil nas áreas circundantes àquelas duas estruturas. É um sistema idêntico ao que está a ser instalado pela PT nos aeroportos e nos principais hotéis «por causa do Euro 2004 e que permite que as pessoas possam ter acesso à Internet numa área bastante extensa», explica Armando Neves, vice-presidente da autarquia. A instalação desta novidade tecnológica enquadra-se «numa lógica que pretendemos de animação» do Jardim Carlos Amaral, que vai ter um ecrã de promoção do Euro 2004, um relvado sintético, animação promovida por alguns grupos e um pequeno bar a funcionar. Neste sentido, e como «complemento», o espaço Internet vai proporcionar algumas actividades de natureza tecnológica e a possibilidade de, no seu exterior, as pessoas estarem a ver os jogos, trazerem o seu computador portátil e poderem aceder à Internet. De resto, esta tecnologia não requer «nenhum “software” específico», sendo mesmo um sistema «extremamente fácil», afirma, desafiando as «pessoas de Celorico e não só» a trazerem o seu portátil.
O sistema WI-FI vai permanecer na vila para além do Europeu de futebol, sendo de realçar que Celorico é um dos «pioneiros» na adesão a este sistema, uma vez que é o «primeiro concelho do interior do país que neste momento já dispõe desta tecnologia», assevera o vice-presidente. De resto, a instalação deste sistema em «termos de custos directos» não representou nenhum encargo financeiro para a autarquia, resultando antes de um protocolo estabelecido com a PT: «O importante foi a Câmara e a PT terem entendido que a autarquia tem feito um trabalho inovador ao nível das novas tecnologias e que merecia agora este “rebuçado”» por parte de uma empresa que tem sido um «parceiro privilegiado nesta área», daí que as duas entidades só tenham «a ganhar neste acordo», completa.
Ricardo Cordeiro
