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Candidato do MRPP culpa maiorias PS pela «profunda decadência» da Guarda

Eduardo Espírito Santo avisa que PAEL terá, à escala municipal, as mesmas consequências que o plano de ajustamento celebrado entre o Governo e a “troika”

Eduardo Espírito Santo promete divulgar brevemente «os fracassos do PS» na Câmara da Guarda. O candidato do PCTP/MRPP diz ter identificado «dezenas de projetos que nunca viram a luz do dia» e cujo investimento anunciado «alimentaria vários orçamentos» municipais.

A revelação foi feita na passada sexta-feira durante a apresentação do manifesto eleitoral e da lista à autarquia – o único órgão a que concorre o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses nas eleições de 29 de setembro. Para o cabeça-de-lista, que tem sido um candidato recorrente nas últimas duas décadas, estas eleições não se resumem a vitórias ou derrotas: «Mesmo que o nosso projeto não seja aceite pela maioria dos eleitores, isso não quer dizer que não seja bom», sublinhou, assumindo que obter mais um voto que nas últimas autárquicas já é um «bom resultado». Para Eduardo Espírito Santo, a Guarda está «mergulhada numa das maiores crises da sua história» por culpa da «descrença nos partidos e nas políticas», mas sobretudo porque «as maiorias se acomodaram às situações e não souberam lidar com os problemas» da cidade e do concelho. «A Guarda está em profunda decadência, sem indústria, sem agricultura e, a prazo, sem serviços», alertou o candidato, para quem a Câmara nunca deveria ter aderido ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).

Na sua opinião, esse plano financeiro «reproduz para a escala municipal os princípios e procedimentos» do plano de ajustamento celebrado entre o Governo e a “troika” e terá as mesmas consequências. «A solução para resolver esse problema só irá contribuir para o agravar», avisou Eduardo Espírito Santo, que apela à denúncia desse acordo e à adoção de uma gestão municipal «correta, rigorosa e transparente, o que lhe tem faltado até agora». O desenvolvimento da plataforma logística, a conclusão do novo hospital e da requalificação do troço da Linha da Beira Baixa até à Guarda são alguns objetivos da candidatura. Outros dizem respeito a apoios para os setores agrícola, florestal e de produtos endógenos, enquanto a cidade deve assumir-se como «centro catalizador de uma rede de turismo cultural e natural». O MRPP quer ainda transformar o centro histórico «num polo cultural, cívico e comercial de que todos se orgulhem» e construir um complexo desportivo municipal que seja «um poderoso incentivo à prática do desporto».

A criação de uma feira municipal anual no verão é outra proposta de Eduardo Espírito Santo, que tem Leopoldo Mesquita como número dois e Cristina Feliciano no terceiro lugar. Carlos Alves, José António Leitão, Maria de Fátima Carvalho e Rosária Batista são, por esta ordem, os restantes elementos da lista.

Luis Martins Espírito Santo diz que «um bom resultado« é ter mais um voto que em 2009

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