Nunca foi tão fácil ajudar. Entre brinquedos, alimentos, vestuário ou materiais, são várias as recolhas que decorreram, ou ainda decorrem, para dar mais cor à época natalícia em instituições da região. Uma dessas iniciativas foi desenvolvida pela Associação 1056, da Guarda-Gare, que angariou brinquedos ao longo do último mês.
«Há sócios fundadores que trabalham em instituições e conhecem a realidade e necessidades das crianças», contou Lara Ferreira a O INTERIOR. As casas contempladas ainda não tinham sido definidas na passada segunda-feira, dia em que terminou a campanha. «Temos duas ou três em mente, mas vamos decidir em função do que nos deram e das idades das crianças institucionalizadas», indicou a responsável, que integra a comissão instaladora da 1056, que abriu portas há cerca de um mês. O facto de ser recente pode justificar uma menor quantidade de brinquedos, mas «correu bastante bem, dentro das nossas perspetivas», entende.
A associada salienta o bom estado das ofertas, servindo de exemplo uma coleção de livros sobre o corpo humano. «Entregaram sobretudo peluches e brinquedos para uma faixa etária mais baixa», informou, confessando que «estamos com alguma dificuldade em dar aos que já têm 10 ou 12 anos». Esta iniciativa deverá repetir-se com outros destinatários, já que a ação social é uma das preocupações dos membros da associação. «Não quisemos acabar o ano sem fazer nada nessa área, mas já temos algumas atividades previstas para 2014», indicou Lara Ferreira.
Também o Colégio de Línguas da cidade se vai associar a uma causa solidária esta noite, a partir das 20h30, no auditório do Instituto Politécnico da Guarda. O evento visa apoiar a CERCIG – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados na aquisição de bens materiais, sendo que o programa integra uma atuação de alunos do colégio, que vão dar voz aos tradicionais “Christmas carols”. Segue-se o grupo Universo dos Pequeninos, de Oliveira do Hospital, com a peça de teatro circense “A Misteriosa Casa do Pai Natal”. Estarão ainda à venda «manualidades feitas pelos alunos do colégio e pela CERCIG», que visam contribuir para a mesma causa, informou Ivo Gonçalves, da organização. «Além disso estamos a reunir outros bens, como brinquedos ou roupa, pois muitas famílias de utentes da CERCIG são carenciadas», sublinhou.
Por seu lado, a loja Pesca Natura, de Trancoso, associou-se à aldeia SOS da cidade mais alta na época natalícia, promovendo a recolha de vestuário e calçado. «Foi extremamente positivo, estou muito agradado com a adesão», afirmou Mário Freitas. O espaço conseguiu reunir «entre 20 a 30 caixas, nunca pensei que fosse tanta gente», confessou o sócio-gerente, garantindo que a iniciativa se vai repetir: «Iremos, juntamente com as marcas que representamos, ajudar outras pessoas; talvez na Páscoa», frisou.
Já a associação Gardunha Viva, do Fundão, angariou «cerca de duas toneladas de bens alimentares», adiantou o presidente Carlos Rodrigues. Estes foram entregues anteontem à Loja Social do Fundão, com o sucesso a garantir a repetição da atividade no próximo ano, por esta altura. As empresas deram uma boa resposta à iniciativa da Gardunha Viva, mas a caminhada e aula de ginástica solidárias ficaram «aquém das expetativas» devido à fraca adesão. Esta foi a primeira caminhada do género organizada pela associação, que já tinha dado apoio logístico a outras.
Sara Quelhas