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Câmara cria Sociedade de Reabilitação Urbana

Relatório de contas de 2007 da Culturguarda aprovado por unanimidade

A Câmara da Guarda aprovou, na última reunião do executivo, a criação de uma Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) para o centro histórico. «Queremos regenerar aquela zona de forma a potenciar o regresso de pessoas e actividades e a maneira de o fazer com mais eficácia é através destas sociedades», reconheceu o presidente da autarquia.

Segundo Joaquim Valente, a estrutura vai arrancar com capitais exclusivamente municipais, mas pode vir a estabelecer parcerias com privados. A área de intervenção tem cerca de 25 hectares e inclui os Largos João de Deus e João de Almeida. «O problema dos centros históricos são os imóveis que não têm dimensão física para serem aproveitados para habitação. Por outro lado, também não é fácil reabilitar pequenas casas que quase não cumprem o regulamento das edificações urbanas», adiantou o edil, reconhecendo que a SRU vai permitir ultrapassar estas situações. O seu responsável ainda não está escolhido, mas o nome de António Saraiva tem sido o mais referenciado. Na passada quarta-feira, o executivo aprovou também a adjudicação da elaboração de um Plano Estratégico da cidade ao Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional e Urbano, por 49.400 euros.

«Este documento de planeamento vai permitir candidatar projectos de intervenção e requalificação aos fundos comunitários e também ao programa Polis XXI», afirmou. Contudo, estes dois pontos foram aprovados por maioria, pois os vereadores do PSD votaram contra, considerando que a Câmara devia tê-los debatido numa sessão extraordinária. «A maioria socialista não quer discutir o assunto e está a tentar fazer uma farda à medida de quem já escolheu para os lugares», criticou Ana Manso. Menos dúvidas e suspeitas causou o relatório de contas de 2007 da Culturguarda, a empresa municipal que gere o TMG. É que, pela primeira vez, os social-democratas votaram favoravelmente aquele documento de gestão. De resto, a gestão da Culturguarda no ano transacto não deixou margem de manobra aos vereadores da oposição.

Em 2007, a empresa municipal conseguiu equilibrar as contas, obtendo um resultado líquido positivo de 44 mil euros, quando as estimativas iniciais apontavam para um resultado líquido negativo de 16.800 euros. Mesmo assim, longe vão os 511 mil euros registados no final de 2006. Para este desempenho contribuiu o aumento dos proveitos, passando de 824 mil euros em 2006 para 1,1 milhões no ano transacto. Já os custos diminuíram 22 por cento, situando-se em pouco mais de um milhão de euros em 2007, quando tinha sido de cerca de 1,4 milhões no ano anterior. Em queda está igualmente a dívida a fornecedores, que baixou 80 por cento, passando de 181 mil para 36.500.

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