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Bura resolveu jogo frio

Sporting da Covilhã derrotou Boavista com golo do jovem central emprestado pelo FC Porto

Sob uma autêntica intempérie, o Sporting da Covilhã bateu, no último domingo o Boavista pela margem mínima. A formação serrana termina assim a primeira volta da Liga de Honra na sexta posição da geral, a sete pontos dos lugares de subida.

Frente a uma equipa em dificuldades financeiras, mas que tinha apenas um ponto de desvantagem, a equipa treinada por Hélio Sousa entrou melhor e poderia ter inaugurado o marcador no primeiro minuto. Após a bola ter ficado presa no relvado empapado, Elivelton avançou pela direita e rematou cruzado perto do poste. Pouco depois, Basílio cruzou para dois homens ao segundo poste falharem a emenda. Aos 14’, Elivelton voltou a surgir cara a cara com Sérgio Leite, mas permitiu a defesa do guardião axadrezado. A primeira jogada de perigo do Boavista aconteceu aos 17’. O veterano João Tomás apareceu liberto de marcação, após um canto, e cabeceou à figura de Igor Araújo. O Covilhã continuou a mandar no jogo e, aos 21’, Bura viu François afastar o perigo já perto da linha de baliza. Logo depois, num canto, Edgar cabeceou com muito perigo rente ao poste esquerdo. Os locais procuravam chegar à vantagem e, aos 27’, foi a vez de Pimenta estar perto do golo com um cruzamento/remate que ainda embateu na trave.

Volvidos oito minutos, o avançado rematou para golo, só que François cortou mais uma vez, enquanto a assistência reclamava grande penalidade. Na sequência do canto, Bura subiu mais alto que toda a gente e cabeceou certeiro, fazendo o primeiro e único golo do jogo. Na segunda metade, o Boavista entrou mais forte. Aos 53’, Sidnei – que treinou à experiência no Covilhã, ainda com Álvaro Magalhães – entrou pela esquerda e obrigou Igor Araújo a uma boa intervenção. À hora de jogo, Bura, de livre directo, bem do “meio da rua”, atirou um “petardo” que acertou no poste direito da baliza boavisteira. Os visitantes apostavam num futebol directo, até porque era difícil jogar de outro modo com o estado do relvado. E pressionavam muito, seguindo-se as jogadas de perigo no último reduto covilhanense. Aos 81’, foi a vez dos boavisteitos reclamarem penálti sobre uma pretensa mão de um defesa serrano após remate de João Tomás. Aos 85’, Elivelton teve uma boa iniciativa individual na área adversária, mas rematou às malhas laterais da baliza.

Aos 92’, Djibril ainda pregou um susto aos covilhanenses quando apareceu a rematar em boa posição, só que a bola saiu muito torta. Augusto Costa fez um trabalho positivo, merecendo o benefício da dúvida nos lances das duas pretensas grandes penalidades por nos encontrarmos longe das jogadas. No final da partida, Hélio Sousa realçou a «excelente atitude» dos seus atletas considerando que «mereceram vencer».

Ricardo Cordeiro

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