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Belmonte dedica museu aos Descobrimentos

Descoberta do Brasil é tema central na única estrutura física em Portugal sobre a história da epopeia marítima

O futuro museu de Belmonte, dedicado “À Descoberta do Novo Mundo”, proporcionará aos seus visitantes «uma autêntica aula de história», garante o presidente da Câmara, Amândio Melo.

O novo equipamento disponibilizará 16 salas, que retratarão, de forma interactiva graças às tecnologias multimédia, a epopeia dos Descobrimentos, assumindo assim uma função pedagógica e de valorização da história de Pedro Álvares Cabral, da sua viagem para o Brasil e dos restantes feitos marítimos dos portugueses. O espaço também evocará o passado de Belmonte, classificada como Aldeia Histórica. O município acredita que este será, «sem dúvida», um espaço com um grande valor cultural, onde estará realçada uma história com mais de 500 anos. Nesse sentido, o museu permitirá ao visitante viajar até ao século XV e reviver a viagem de Pedro Álvares Cabral através do Atlântico, além de abordar todo o processo dos Descobrimentos através da caracterização da sociedade, cultura e economia portuguesas naquele tempo. O Centro de Interpretação “À Descoberta do Novo Mundo” irá desenvolver-se em três níveis, num edifício que está a ser construído de raíz na envolvente do Solar dos Cabrais. Os custos da obra estão estimados em dois milhões de euros, financiados em 70 por centro pelo programa das Aldeias Históricas, sendo o restante suportado pela autarquia.

Quem embarcar nesta viagem vai começar por ver a evolução de Belmonte e Lisboa do século XV até á actualidade. Os visitantes terão ainda a oportunidade de saber como foi preparada a Armada para a viagem até à Índia ou viver a chegada de Pedro Álvares Cabral a terra firme, do outro lado do oceano. Serão também retratados alguns aspectos relacionados com o clima tropical e a biodiversidade brasileira, bem como a relação entre os seus diversos povos e a consequente miscigenação, sem esquecer as referências musicais e a cultura do Brasil. Tudo isto especificidades de um «museu vivo», promete Amândio Melo. As expectativas do edil são bem elevadas, pois espera que o museu cative muitos turistas e desperte a curiosidade de todos aqueles que gostam de História. O autarca conta, sobretudo, com os turistas brasileiros, que «não deixarão passar a oportunidade de visitar este museu e de descobrirem a história que une os dois países». De resto, espera que o projecto tenha um contributo importante para a região e para Belmonte.

«A vila e o sector económico notarão muito a chegada dos turistas. Com uma obra desta dimensão, Belmonte tornar-se-á uma paragem obrigatória em termos de turismo cultural», sublinha, anunciando que, com este investimento, a Câmara encerra o ciclo de construção de museus temáticos. Actualmente há três espaços abertos ao público: o Museu Judaico, o Ecomuseu do Zêzere e o Museu do Azeite. Se tudo correr como previsto, o equipamento dedicado aos Descobrimentos estará pronto no final de 2008. «Estou ansioso para ver a obra concluída», revela Amândio Melo.

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