O aumento de capital social da sociedade Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda ainda não foi formalmente subscrito. A nova estrutura accionista deverá começar a ficar desenhada na próxima reunião do Conselho de Administração (CA), agendada para a segunda quinzena deste mês.
Além dos três por cento do NERGA, que já divulgou a sua nova posição, sabe-se também que a Câmara da Guarda vai continuar a ser o principal accionista da PLIE, com 37 por cento do capital social, já realizados através dos terrenos da Quinta dos Coviais. Resta distribuir cerca de 60 por cento, sendo certo que a Joalto e a Gonçalves & Gonçalves já manifestaram disponibilidade para aumentar a sua participação, mas vão aguardar pela reunião do CA para revelar os números. Até lá, Joaquim Valente também adianta pouco: «A sociedade mantém-se com todos os accionistas e há outros com interesse em integrá-la», refere, sem dizer quais porque «o mercado não o permite».
Quanto à posição dominante da autarquia, o presidente do município e do CA da PLIE garante que será transitória e apenas nesta fase intermédia. «O objectivo da Câmara é ter cada vez menos posição na sociedade, embora continuando representada, dando maioria aos privados para que desenvolvam a sua actividade», sustenta o edil. Joaquim Valente acrescenta que o projecto está a atravessar um «momento importante», pois a sociedade começa a ter «uma certa notoriedade e há movimentações de empresas para se localizarem na PLIE ou na área industrial. Só falta que esse interesse se consolide», sublinha.
Nesse sentido, Joaquim Valente considera que a área actualmente disponível na Quinta dos Coviais responde «às necessidades». No entanto, no novo PDM serão «acauteladas as possibilidades de crescimento e de reserva de terrenos para uso industrial», afiança. A PLIE tem 11 accionistas fundadores: Câmara Municipal, NERGA, Associação de Comércio e Serviços do Distrito da Guarda (ACG), Ecosoros, Gonçalves & Gonçalves, Sociedade Geral (ex-IPE), grupo JOALTO, grupo Luís Simões, Mota Engil, Manuel Rodrigues Gouveia e SERVIHOMEM – Prestação de Serviços a Empresas. Em números, o empreendimento vai ocupar 126 hectares, disponibilizando 196 lotes na encruzilhada da A25 e A23. O projecto integra a Rede Nacional de Plataformas Logísticas e tem um investimento previsto de 34 milhões de euros. Na última reunião do CA, os accionistas deliberaram que o metro quadrado da área logística vai custar 25 euros, metade do preço a que será negociado o espaço para a instalação de restaurantes, bancos e outros serviços.