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Audiofiili – 2015

Opinião – Ovo de Colombo

O último texto de 2015 tem que ser, como dita a tradição, uma revisão do ano musical que vai agora terminar dentro de poucos dias.

As escolhas do Audiofiili são ecléticas e contêm música de tal forma diferente que, demasiadas vezes, é difícil fazer o exercício da comparação da fantástica arte que é fazer música. Por isso, a arte de fazer listas das melhores edições do ano seja tremendamente subjetiva, que tanto pode ter um papel de favorecimento como pode até ser cruel.

E sem mais demoras e após 12 meses de audição de novos discos, a tabela deste ano termina desta forma:

10º: HEALTH – DEATH MAGIC

9º: Kamasi Washington – The Epic

8º Circuit Des Yeux – In Plain Speech

7º Natalie Prass – Natalie Prass

6º Deerhunter – Fading Frontier

5º Jenny Hval – Apocalypse, girl

4º Julia Holter – Have You In My Wilderness

3º Sufjan Stevens – Carrie & Lowell

2º Courtney Bartnett – Sometimes I Sit and Think, and Sometimes I Just Sit

1º Kendrick Lamar – To Pimp A Butterfly

O primeiro lugar de 2015 vai para a aposta do Audiofiili nº 11, com destaque especial para as mulheres em nome próprio a ocuparem quase metade da tabela. O único álbum deste top nunca antes falado ao longo do ano pertence aos Deerhunter. “Fading Frontier” é mais um ponto fantástico na já respeitável discografia da banda de Bradford Cox. Antes desta edição, já Monomania, Halcyon Digest, Microcastle/Weird Era Cont e Cryptograms tinham ganho fãs por todo o mundo.

“Fading Frontier” é um crescimento melodioso de uma sonoridade “dreamy”, sempre com as mesmas bases de shoegaze e de um psicadelismo leve que engloba todo o pós-punk de que a banda de Atlanta é dona. Recomenda-se especialmente “All The Same”, “Duplex Planet”, “Take Care”, “Snakeskin” e “Ad Astra”. Boas audições e bom 2016!

João Gonçalves

Kendrick Lamar

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