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Assembleia Municipal do Sabugal recomenda suspensão da indexação de esgotos e lixo na factura da água

Moção do PS foi aprovada pela maioria dos deputados

A Assembleia Municipal do Sabugal, realizada na última sexta-feira, aprovou por maioria uma moção apresentada pela bancada do Partido Socialista de recomendação ao executivo para que suspenda as taxas de conservação de esgotos e de recolha de lixos e saneamento, sugerindo ainda à autarquia que encontre outras formas de cálculo «mais justas e aplicáveis» a todos os munícipes. De resto, em nota enviada à comunicação social, o PS do Sabugal informa que, após a anunciada aplicação da indexação de esgotos e lixo na factura da água, manifestou nos órgãos autárquicos, antes da sua aprovação pelo executivo e pela Assembleia Municipal, «a total discordância pelo facto destes valores serem demasiado elevados», critica.

Na sessão anterior da Assembleia Municipal, realizada em Junho, o grupo parlamentar do PS apresentou mesmo uma proposta com novos valores a aplicar e que, no entender dos socialistas, seriam «mais justos». Contudo, «a maioria PSD/CDS-PP rejeitou-a», garantem. Passados dois meses, o PS voltou a apresentar a proposta de recomendação ao executivo para que «suspenda estas taxas e reveja outras formas de cálculo mais justas e aplicáveis a todos os munícipes», uma vez que «várias freguesias do concelho não pagam a água à Câmara Municipal e, por conseguinte, não pagam as taxas e tarifas em questão», constatam. Após a aprovação na AM, a concelhia do PS do Sabugal aguarda que «sejam aprovadas pelo executivo novas formas de cálculo mais justas, por forma a minorar os custos para a população deste concelho, que em nada viu melhorados os serviços de água, saneamento e lixos com a aplicação destas taxas e tarifas». Recorde-se que na semana passada tinha sido a Coligação Democrática Unitária (CDU) do Sabugal a protestar contra os «exagerados» aumentos do preço da água no concelho raiano, devido à indexação da taxa de conservação de esgotos e da tarifa da recolha de lixos domésticos ao consumo da água. Na resposta, o autarca António Morgado frisou que «não houve qualquer aumento da factura da água», mas antes a «aplicação» de taxas e tarifas no que toca aos lixos e saneamento básico. Ainda assim, o edil admitiu a possibilidade da autarquia estar disposta «a reanalisar o assunto» assim que tiver os elementos que «permitam uma melhor justiça para com os munícipes», sublinhou.

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