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Assembleia Municipal aprova silo-auto no Jardim José de Lemos

Deputados preocupados com concessão do estacionamento de superfície na cidade e zona da Estação

A Câmara da Guarda pode avançar com a abertura do concurso público para a concepção, construção e exploração do parque subterrâneo sob o Jardim José de Lemos. A proposta foi aprovada por maioria e sem votos contra na última Assembleia Municipal, onde ficou manifesta a preocupação dos deputados quanto ao facto da concessionária que vier a ser escolhida gerir todos os estacionamentos de superfície na cidade «e arredores», isto é, na zona da Estação, pelo prazo de 20 anos. O concurso deverá ser lançado nas próximas semanas para que seja possível adjudicar a obra no início de 2005. Conforme “O Interior” já tinha avançado em Junho de 2003, a infraestrutura, cujo prazo de execução é de 365 dias e um custo global nunca inferior a cinco milhões de euros, não vai envolver quaisquer custos para o município, que adjudicará a sua exploração por um período de 20 anos enquanto o direito de superfície irá vigorar durante 50 anos. O futuro parque de estacionamento subterrâneo vai garantir aos depauperados cofres da Câmara da Guarda uma renda anual de, no mínimo, 10 por cento sobre a sua ocupação. De resto, o documento, a que “O Interior” teve acesso, estipula agora um mínimo de 450 lugares no silo-auto, distribuídos por dois pisos. A concessionária deverá ainda reservar um determinado número de lugares para residentes, com tarifa mensal reduzida, e estacionamentos para aluguer de longa duração. Quanto ao parque subterrâneo, propõem-se obrigatoriamente três acessos pedonais (junto à Madrilena, zona da Câmara e Direcção de Finanças) e um rodoviário, para entradas e saídas, próximo do antigo quartel do RI12. Estrutura que implicará uma profunda reabilitação urbana na área de intervenção, que engloba o Jardim José de Lemos e as fachadas envolventes até à zona dos Paços do Concelho devido aos acessos pedonais. A qualidade e concepção funcional do projecto, o arranjo de superfície no jardim, o prazo de execução e o valor das tarifas a praticar são os principais critérios de selecção no caderno de encargos da obra mais aguardada da cidade nos últimos anos. O arranjo de superfície é mesmo um dos requisitos preponderantes para a construção do silo-auto no Jardim José de Lemos, ficando a empresa que vier a ser escolhida condicionada a manter os monumentos ali existentes, um espaço ajardinado e a reabilitar urbanisticamente toda a área de intervenção. Este critério de selecção será o mais valorado, juntamente com a qualidade e concepção funcional do projecto.

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