A mosca na sopa. A mosca a zunir sobre a cabidela. A mosca pousada no pão. As moscas coladas à tira com resina presa do teto. As moscas a estourar nos mosquiteiros elétricos. A mosca na casa de banho enquanto nos aliviamos. A vareja a correr a sala de um lado a outro interrompendo a televisão. O restaurante pejado de moscas. Acertar nelas em voo. Dar-lhes com os mata-moscas. Quem limpa os vidros depois? Não as mates na toalha da mesa. Com a mão não! O Nuno apanha-as com a mão, chocalha-as dentro dela e atira-as à parede. Os animais afastam as moscas com a cauda. Já vi cães tentarem morder-lhes. E já ouvi gente querer ser mosca para ouvir conversas. Não sabem é que lhes iam dar com a mão, com o mata-moscas, os cães iam querer morder-lhes. Não ouviam nada. Milhares de moscas sobre as uvas e as bananas. Serão espiões? As moscas são melhores que o mosquito disse-me alguém. Mas os mosquitos não param nos cagalhões. São mais limpos! As moscas entram na boca para evitar asneiras. São melhores! Evitam dislates e desditas. Se evitam asneiras coloquem-nas no estádio do dragão. Nunca vi uma mosca afogar-se na sopa! Mas já as vi em frascos de álcool. Borrachas. Mortas. O raio das moscas!!
Por: Diogo Cabrita