Quase cinco anos passados sobre o acordo celebrado entre a Câmara de Pinhel e o IHRU – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, começaram finalmente as obras de requalificação do bairro social da Fundação Salazar.
Construídos na década de 70 e propriedade do município, estes dois blocos habitacionais com 16 apartamentos, situados na Avenida Carneiro de Gusmão, encontravam-se em avançado estado de degradação, não garantindo já condições dignas de habitabilidade aos seus inquilinos. As intervenções previstas vão custar 446 mil euros, sendo metade desse montante (cerca de 223 mil euros) atribuído a fundo perdido ao abrigo do PROHABITA – Programa de Financiamento para Acesso à Habitação. A autarquia justifica a demora em avançar com as obras por «só agora estarem cumpridas todas as formalidades» do acordo firmado com o IHRU.A empreitada contempla a remodelação da cobertura e da rede de águas, esgotos, eletricidade, gás e telecomunicações, a substituição de todos os acabamentos e o arranjo exterior dos edifícios.
E acrescenta que esta «profunda intervenção permitirá criar melhores condições de habitabilidade para os inquilinos, que, entretanto, foram provisoriamente realojados, num processo acompanhado pelo Gabinete de Ação Social do município», de acordo com um comunicado. O município espera que os trabalhos estejam concluídos dentro de um ano, seguindo os prazos previstos no acordo. Em 2006, aquando da assinatura do protocolo com o IHRU, António Ruas, edil pinhelense, revelava que era intenção da Câmara convidar os moradores a comprar os apartamentos remodelados, uma aquisição que já tinha sido proposta antes, mas que estes recusaram, alegando que estavam «demasiado degradadas, dai a necessidade desta empreitada», declarou o autarca.
