Escolhida a maioria das concelhias, as eleições para a Federação do PS da Guarda vão ter lugar a 9 de março e o atual presidente, António Saraiva, não se recandidata.
As duas decisões foram comunicadas na reunião da Comissão Política Distrital realizada em Seia, na segunda-feira, onde também se ficou a saber que o congresso federativo está agendado para 24 de março em Figueira de Castelo Rodrigo. A O INTERIOR, António Saraiva disse que não avança porque não quer «ser motivo ou desculpa para não se conseguir dar a verdadeira união e coesão partidária no distrito». O arquiteto confessa que o seu mandato – foi eleito em março de 2016 – foi «complicado» e que «verdadeiramente só durou um ano» porque não houve da parte «de determinados militantes e dirigentes empenho no reconhecimento de uma liderança e de um projeto de união do PS». António Saraiva escusa-se a referir nomes mas sublinha que teve que enfrentar «muita areia na engrenagem».
Por isso, prefere sair de cena para dar o lugar a outros, «a quem tem pressa e muita ânsia de chegar a determinados lugares», critica. «Como não tenho pretensões e há tanta gente com objetivos políticos – e ainda bem – nada melhor que dar-lhes essa oportunidade», acrescenta António Saraiva, que espera que esta eleição sirva para «clarificar» o PS no distrito da Guarda. Até agora estão confirmadas as candidaturas de Alexandre Lote, de Fornos de Algodres, e Pedro Fonseca, da Guarda. O celoricense José Luís Cabral terá agora mais condições para avançar após o afastamento de António Saraiva, que não vai tomar uma posição pública sobre «qualquer candidatura».