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António Fidalgo reeleito reitor da UBI

O atual reitor garante que vai manter «a estratégia» e «pugnar pela estabilidade da instituição»

António Fidalgo foi reeleito reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) na passada quinta-feira com o voto de 18 dos 29 elementos presentes na reunião eleitoral do Conselho Geral. O adversário, Tiago Neves Sequeira, obteve sete votos, tendo-se registado quatro votos brancos.

No final da votação, o presidente daquele órgão destacou que os dois candidatos mostraram «dedicação e excelente compreensão dos problemas da UBI» e que os projetos apresentados tinham «diferenças razoáveis», mas «com grande mérito e seriedade». José Ferreira Gomes fez um balanço positivo do processo eleitoral, considerando que as audições públicas dos candidatos «correram muito bem, com grande envolvimento de todos, e tendo sido obtidas todas as respostas às perguntas dos conselheiros». No final, o Conselho Geral votou a proposta «que entendeu ser a melhor para o futuro da Universidade», concluiu o responsável.

António Fidalgo foi eleito pela primeira vez em 2013 e cumprirá um segundo mandato até 2021. Aos jornalistas, o reitor afirmou que o resultado é «o reconhecimento do trabalho realizado» na universidade. «Penso que o Conselho Geral achou que fazia todo o sentido continuar o trabalho encetado», acrescentou, adiantando que nos próximos quatro anos vai manter «a estratégia» e «pugnar pela estabilidade da instituição». Para tal, vai continuar a apostar na captação de alunos internacionais, «que permitam fazer face à quebra demográfica nacional», e no reforço da «dinamização e reconhecimento da UBI». António Fidalgo quer ainda fazer da Covilhã «uma cidade campus», em que a presença dos alunos vai «notar-se ainda mais», e prosseguir com a reivindicação pela alteração do modelo de financiamento das universidades. «O atual promove uma situação de injustiça entre as instituições e mantém a UBI subfinanciada há vários anos», critica o reitor reconduzido.

O responsável máximo da universidade é eleito por voto secreto dos membros do Conselho Geral, constituído por 15 representantes dos professores, cinco representantes dos estudantes, um representante do pessoal não docente e oito personalidades externas cooptadas. Natural de Penamacor, António Fidalgo é doutor em Filosofia e está na UBI desde 1991, onde teve várias responsabilidades.

AAUBI indignada

A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (UBI) está «indignada» com o facto de nenhum dos candidatos ao cargo de reitor ter exposto ou debatido o seu programa com aquela associação.

«Acreditamos na existência de uma universidade com o propósito máximo de servir os seus alunos e, como tal, consideramos imperativo que os mesmos devam ter um papel ativo na construção de uma melhor universidade de e para os alunos», refere a AAUBI. Em nota enviada à comunicação social, a associação estudantil considera que seria «de extrema importância» que ambos os candidatos tivessem ouvido os representantes dos alunos tanto no Conselho Geral, como na Associação Académica, que representa os cerca de 7.000 estudantes da academia.

Sara Guterres António Fidalgo foi eleito pela primeira vez em 2013 e cumprirá um segundo mandato até 2021

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