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Ana Maria Ussman

Professora do Departamento de Gestão e Economia

Ana Maria Ussman, de 45 anos de idade, já se sente mais covilhanense do que propriamente sabugalense, de onde é natural. Veio para a Covilhã com os pais quando tinha 14 anos e foi aqui que completou os vários graus de escolaridade, desde o liceu até à universidade. «Lembro-me que na altura queria ir para Lisboa», o que não aconteceu devido à abertura do Instituto Politécnico da Covilhã.

Ingressou no bacharelato de Administração e Contabilidade, um dos primeiros cursos do IPC a par de Engenharia Têxtil, havendo nessa altura «apenas cinco alunos por turma», recorda. Em 1979, «a meio do curso», o IPC passou a Instituto Universitário da Beira Interior (IUBI), o que lhe permitiu concluir assim a licenciatura, desta vez em Gestão. Começou por dar aulas em mini-concursos na Escola Secundária Campos Melo, na Covilhã, até que soube que o IUBI tinha aberto vagas para professores. Passado dois dias, estava a dar aulas na novíssima instituição universitária. Ana Maria Ussman confessa ter havido uma altura em que pensou optar por uma carreira no Politécnico da Guarda por ser «menos exigente» que a universitária. Mas foi apenas uma hipótese que nunca levou «a sério», refere, pois «tanto em termos de carreira, como pessoais, a minha vida é na Covilhã».

Ana Maria Ussman assistiu a uma «crescimento exponencial» da instituição ao longo dos últimos anos, pelo que agora pode afirmar que, entre as novas universidades, a UBI começou a ser uma «universidade de referência a nível nacional». «Estamos constantemente a ser solicitados por instituições do litoral para sermos elementos de júris», refere. Para a professora, «a grande universidade da Beira Interior» poderia acontecer com a junção da UBI e dos politécnicos, o que só iria permitir «evitar certas “guerrinhas”» entre as instituições. Para além disso, era uma forma de «rentabilizar recursos». No entanto, tem consciência que é «muito complicado» desenvolver esse projecto na prática por causa de “lobbies” e porque as carreiras dos docentes são completamente diferentes. «Estou na UBI há 20 anos e ainda não faço parte do quadro. Como é que colocaríamos estes professores», interroga.

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