O presidente da Câmara Municipal de Almeida está confiante quanto à aprovação da candidatura da vila a Património da Humanidade e crê que «não haveria melhor forma de promoção».
«Temos feito uma forte aposta para que o nome de Almeida chegue a todo o mundo, e a grande oportunidade que temos para isso é a de conseguirmos a elevação desta fortaleza a Património da Humanidade», disse Baptista Ribeiro a O INTERIOR. Recorde-se que a 13 de Agosto, o autarca entregou o dossier de Candidatura das Fortificações de Almeida a Património Mundial, distinção atribuída pela UNESCO, a Luís Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros, documento apresentado no domingo passado à população. O edil sublinhou a importância da acção, já que «é tão importante para o país que quem vai apresentar a candidatura é o ministro dos Negócios Estrangeiros, que é o nosso delegado na UNESCO. É o sinal claro de que vai ser uma candidatura a nível nacional». O responsável considera ainda que Almeida tem a seu favor o facto de estar situada na fronteira mais antiga da Europa, para além de ter «as muralhas mais bem conservadas» do velho continente. Também as Casamatas, onde se situa o novo museu militar inaugurado este sábado, mereceram destaque por parte do autarca. «Conseguimos aproveitar aquele belo monumento para instalar o museu militar. Penso que é uma obra que também nos orgulha, que terá esse sucesso e poderá ser visitada por muita gente», assegurou.
Baptista Ribeiro confessa, no entanto, que a aprovação da candidatura «não vai ser fácil, mas penso que aquilo que fizemos vai, com certeza, dar-nos essa satisfação de conseguirmos que Almeida seja Património da Humanidade».
O presidente da Câmara de Almeida falava à margem da recriação histórica do Cerco da vila amuralhada pelas tropas de Napoleão. A quinta edição, realizada na manhã do último domingo confirmou o sucesso dos últimos anos, com várias centenas de pessoas a assistirem aos combates que tiveram como pano de fundo a fortaleza e a antiga praça-forte.
Rafael Mangana