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Aldeia, ou cidade com cinco farmácias

Não contando com a Farmácia da Guarda-Gare, a cidade tem cinco farmácias para fornecer a comunidade guardense e seus arredores.

Hoje e sempre, a farmácia deve ser considerada um ponto de apoio à saúde e conselheira dos primeiros socorros aos necessitados. E, por isso, não se deve comparar com uma drogaria ou uma loja de ferragens. Basta olhar para a apresentação dos farmacêuticos, higienicamente vestidos, com conhecimento de saber traduzir e interpretar o que foi escrito pelo médico, além de terem uma enorme paciência e carinho em atender uma pessoa idosa que necessita de uma detalhada e morosa explicação verbal da receita (…).

Mas para que tudo isto funcione o mais humanamente possível é preciso que o dono da farmácia, a única de serviço nesse momento, saiba que as pessoas que, democraticamente, estão à espera da sua vez também perdem a paciência ao ver apenas um farmacêutico/a a atender sete, oito ou nove pessoas. (…) o farmacêutico dá muitos passos e daí até compreendermos que se pode cansar e saturar. Mas mesmo assim, ele não desanima e atende com galhardia e profissionalismo, atenuando falhanços de métodos de organização de trabalho, ou quando o sistema informático se satura também.

Mas é triste ver uma pessoa idosa, com dores, à espera de ser atendida e, muitas vezes, nem uma cadeira tem para se sentar, porque a única está ocupada por uma mãe com o filho ao colo. Estas imagens são habituais nos Centros de Saúde ou no Hospital, mas (…) numa farmácia custa a ver isto. E é tão simples o proprietário pôr mais uma pessoa a auxiliar nas horas e dias de turno.

António do Nascimento, Guarda

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