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Alameda da “Ti’Jaquina” em reunião camarária

Projecto final da nova grande avenida da Guarda deverá ser sujeito à aprovação do executivo ainda este mês

Finalmente, a Alameda da “Ti’Jaquina” parece estar mais perto de poder ser mesmo uma realidade. O projecto desta artéria, que promete resolver o problema das ligações da A23 e da Viceg ao centro da cidade mais alta, deverá ser apresentado numa das próximas reuniões do executivo camarário, adiantou a “O Interior” Luís Borges, chefe do Departamento Técnico de Obras e Urbanismo da autarquia da Guarda. Tudo parece estar assim bem encaminhado para que esta nova e moderna porta de entrada na cidade possa nascer entre os bairros da Sra. dos Remédios e da Luz.

De acordo com aquele responsável, a «concepção urbanística do plano é muito semelhante» à proposta inicial. Nesta altura, o projecto encontra-se a ser analisado por diversos técnicos do Departamento de Obras e Urbanismo da Câmara da Guarda que estão a equacionar soluções para as questões dos arruamentos e das águas, indica. Segundo Luís Borges, o projecto deverá ser analisado na próxima reunião camarária a realizar dia 15, uma vez que na sessão realizada ontem (depois do fecho desta edição), o assunto não deverá ainda ter sido abordado. Parece assim tudo bem encaminhado para que, depois de realizados alguns acertos urbanísticos e de alguns “chumbos” na proposta inicial, o projecto final seja agora apresentado aos políticos do município guardense. A obra vai ser paga pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP), enquanto que a Câmara Guarda vai ter que resolver o problema das expropriações dos terrenos necessários à sua implementação numa zona densamente povoada. A área total de intervenção prevista é de 20 hectares e vai ainda possibilitar a requalificação dos bairros residenciais limítrofes. Para ultrapassar a difícil questão das expropriações, a Câmara da Guarda está a aplicar um sistema de periquação que, na prática, garante a todos os proprietários de terrenos a partilha proporcional e equitativa da receita global proporcionada pelo empreendimento, valores a pré-definir no âmbito de uma eventual sociedade constituída pelos donos. Deste modo, a solução adoptada evita a derrapagem dos preços das expropriações e os consequentes atrasos nas negociações, permitindo, por outro lado, que cada um dos donos possa vir a ter direito às mais valias que o negócio da venda dos lotes a urbanizar poderá vir a proporcionar.

Várias foram as vicissitudes que atrasaram a construção desta artéria, que já deveria ter sido rasgada durante os trabalhos da segunda fase da Viceg, concluídos em finais de 2001. Isto porque as soluções propostas inicialmente pelo IEP foram “chumbadas” pela autarquia que exigiu várias alterações. O projecto da Alameda da “Ti’Jaquina” é um plano abrangente a toda a área envolvente, propondo o tratamento urbanístico dos bairros limítrofes, para além de criar uma nova área de construção nas margens da via, cuja configuração será semelhante à Avenida da Liberdade, apresentando praticamente a mesma extensão. A futura alameda terá uma via central com 70 metros de largura e quatro faixas de rodagem, numa extensão de cerca de mil metros, enquanto que a estrada principal ficará separada das vias secundárias de acesso aos bairros por duas áreas verdes e ajardinadas. Este é um projecto essencial para a ligação do centro da Guarda à A23 e à Viceg, via rotunda junto às piscinas municipais, podendo mesmo vir a constituir uma das mais atraentes portas de entrada da cidade.

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