A 10ª jornada do Distrital da Guarda levou até Aguiar da Beira a equipa da Lageosa do Mondego, que ocupava a quinta posição. A formação do concelho de Celorico da Beira trouxe na bagagem trunfos para poder surpreender os locais e discutiu mesmo o resultado.
Com uma maneira de jogar viril, forte e poderosa, a Lageosa incomodou a baliza do Aguiar logo aos 4’, com um remate à queima-roupa na pequena área em que Carlitos defendeu por instinto, socando a bola. Contudo, o Aguiar, vindo de um empate em Arcozelo, também entrou em campo com o intuito de vencer a partida e não tem dado hipóteses aos seus adversários perante o seu público. Previa-se então uma boa partida de futebol, mas isso só aconteceu em algumas, poucas, jogadas de ambas as equipas. A partir dos 20’, o melhor futebol veio ao de cima, com os aguiarenses a tomarem as “rédeas” do jogo, uma vezes com jogadas bonitas, mas outras sem discernimento. O que permitiu à Lageosa partir para o ataque e criar algumas situações de perigo em que poderia ter marcado, mas Carlitos negou sempre o golo com excelentes defesas. O destaque vai para uma, aos 62’, a um remate de Toneca, com golo praticamente feito.
Entretanto, as oportunidades do Aguiar foram surgindo naturalmente, com Agostinho e Nuno Gomes a disporem de várias ocasiões, mas o guarda-redes Hugo foi o responsável pelo facto da Lageosa não ter regressado a casa com uma derrota mais pesada.
Quanto aos golos, o primeiro surgiu aos 32’, de grande penalidade, após falta cometida sobre Agostinho, que José Geraldes assinalou porque foi demasiado evidente. Chamado a converter, Agostinho, não perdoou e inaugurou o marcador. O segundo ocorreu à passagem do minuto 90, numa jogada corrida dos locais. A bola foi endereçada a Celso pelo lado direito, que fugiu aos seus opositores para rematar depois sem hipóteses de defesa para Hugo, num tento muito festejado pelo inúmero público da casa. Estava feito o resultado. A equipa de arbitragem, chefiada por José Geraldes, cometeu muitos erros e permitiu inúmeras faltas duras sem mostrar cartões por diversas ocasiões. Em nosso entender, o árbitro prejudicou a equipa local, o que já aconteceu noutras ocasiões. Mais estranho foi o nome que constava na ficha afixada à porta do seu balneário, pois era António Gouveia e não José Geraldes. Será muita coincidência para os mais atentos, uma vez que José Geraldes arbitrou o jogo da semana passada no campo da Lageosa do Mondego. O que é, no mínimo, escandaloso e incompreensível.
Pedro Sousa
