Bem pode chover ou nevar que os consumidores não vão ganhar nada com isso: o preço da água na Guarda está entre os cinco mais caros do país, 149 euros por metro cúbico.
Olhando para a curva do gráfico em baixo, não deixa de ser paradoxal verificar que concelhos do litoral, como Faro, que a priori deveriam pagar mais pois não têm tanta facilidade de acesso a água potável, tenham um preço muito mais baixo que o da Guarda. Ou que Lisboa, que é abastecida a partir da Barragem de Castelo de Bode (com água que vai Zêzere abaixo a partir da “nossa” Estrela), pague 93 euros. Ou ainda que a capital do árido Alentejo, Évora, pague apenas 53 euros por metro cúbico. E ainda mais paradoxal é que apesar do preço alto da água na Guarda, a empresa municipal que faz a gestão “em baixa” (distribuição) esteja altamente endividada: o SMAS da Guarda deve mais de dez milhões de euros. Recordar que os investimentos em alta (exploração e transporte) são da responsabilidade da AdZC – Águas do Zêzere e Côa a quem a empresa municipal compra a água, que vende cara ao consumidor a quem cobra mensalmente, mas não paga ao fornecedor a quem deve milhões.
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