A Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa avançou com um processo de insolvência, que segundo Manuel Dias, o presidente da instituição, «é a melhor solução que se encontrou» com vista à sua recuperação financeira. Este processo foi escolhido para que não houvesse processos judiciais contra a Adega pelos seus múltiplos credores, numa decisão que foi «tomada em conjunto com os sócios» numa reunião, onde lhes foi explicado a situação da empresa e também o processo de insolvência. Entretanto, estão a decorrer negociações com instituições bancárias, pois é necessário dar estabilidade económica e financeira à Adega. A declaração de insolvência da Adega é acompanhada por um plano de recuperação que está a «ser preparado desde 31 de Dezembro», dia em que a actual direcção tomou posse. O plano tem vindo a ser negociado com as entidades bancárias desde Março e devido ao facto de não ter havido acordo com todos os fornecedores, havia sempre alguma instabilidade e insegurança na empresa. A Adega ainda tentou resolver o problema extra-judicialmente, mas tal não foi possível, pois não estavam reunidas as garantias necessárias para o funcionamento da empresa e o melhor seria a sua insolvência. A má situação financeira da Cooperativa está relacionada com as mudanças económico-financeiras que ocorreram nos últimos anos, aos cortes de “benefícios”, «com os maus anos agrícolas e com uma gestão que não se adaptou à baixa litragem», acrescenta Manuel Dias.