Os vereadores do PSD na Câmara da Guarda questionaram, na semana passada, a actuação dos serviços municipais de Protecção Civil no nevão de dia 9.
«A cidade já está habituada aos nevões e não se entende que tenha havido pessoas que demoraram quatro horas a chegar à Guarda-Gare. Foi uma confusão tremenda que qualquer plano de emergência poderia ter evitado», criticou Ana Manso, líder da oposição. Chamado à sessão de Câmara, o coordenador municipal daquele serviço, Granja de Sousa, admitiu que «as coisas não correram bem», pois o sal que foi espalhado «não faz efeito a partir de 4 graus negativos, como foi o caso». O responsável revelou ainda que a PSP não tinha meios disponíveis para cortar o trânsito nos pontos mais críticos e anunciou que, num próximo nevão, essas vias serão «as primeiras a ser cortadas com grades, ou coisas do género». Mas Granja de Sousa também aconselhou os automobilistas a optarem pela Viceg, uma via que, «obrigatoriamente tem que ficar aberta» por causa do hospital.
Por sua vez, Joaquim Valente considerou que o serviço actuou bem: «Conseguimos evacuar os alunos das escolas e mantivemos um anel de circulação, envolvente à cidade, tendo como destino obrigatório o Hospital Sousa Martins. Houve pessoas que optimizaram os melhores percursos, outras não e houve estrangulamentos entre a parte alta da cidade e a zona da Estação», assumiu. De resto, o autarca considera que o município tem «meios humanos e técnicos suficientes» para responder a este tipo de situações, acrescentando que as máquinas «demoram o seu tempo a chegar aos locais críticos já identificados pelos serviços». A neve regressou na terça-feira à cidade pela quinta vez no espaço de seis semanas, tendo motivado o fecho de todas as escolas urbanas. As actividades lectivas também foram suspensas em Fornos de Algodres, Loriga (Seia), Vila Nova de Tázem (Gouveia), Sabugal (escola secundária e Agrupamento de Escolas) e Gouveia (escola secundária e Agrupamento de Escolas).
