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Acesso do Sabugal à A23 é um «sonho»

Rasgar da via que vai deixar concelho a dez minutos da auto-estrada deve ocorrer no próximo ano

A Câmara do Sabugal está a aguardar uma resposta positiva por parte do Regimento de Engenharia Militar de Espinho para que possam começar os trabalhos para rasgar a via que possibilitará a construção do acesso do concelho raiano à A23. O anteprojecto desta via, que vai permitir uma maior aproximação à fronteira espanhola e à Cova da Beira, encomendado ao departamento de Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior (UBI), já está concluído no que concerne ao concelho do Sabugal, estando ainda a decorrer conversações com a autarquia de Belmonte. A construção desta estrada permitirá que os munícipes do Sabugal cheguem à A23 pelo nó de Maçainhas em apenas dez minutos.

Esta ligação é um «sonho que se mantém actual e que gostaríamos de ver resolvido dentro de alguns anos», realça António Morgado, presidente da Câmara do Sabugal. O projecto encomendado à UBI para o troço até Maçainhas já está feito e entregue na autarquia, falta agora chegar a acordo com o município de Belmonte para que a UBI possa concluir todo o traçado. António Morgado acredita ser possível consegui-lo ainda este ano «para ver se o projecto é concluído», realça. A construção desta estrada representa uma «grande economia de tempo» para os sabugalenses que têm necessidade de circular pela auto-estrada: «Com certeza que se irá poupar cerca de 60 quilómetros, o que, se calhar, em milhões de viagens efectuadas durante um ano, se justifica bem em termos económicos», argumenta. Simultaneamente, será o «início de uma via estruturante para o concelho», já que a ideia da autarquia passa por ligar a A23 «à zona de fronteira em Aldeia da Ponte, através deste acesso», revela o edil. A obra respeitante ao concelho do Sabugal aguarda por enquanto a disponibilidade do Regimento de Engenharia Militar de Espinho, ao qual foi solicitada a cedência de máquinas e técnicos para «rasgar» a via.

Contudo, o autarca espera que seja possível iniciá-la no próximo ano. «Feita a abertura já ficará mal a qualquer Governo não avançar com o resto», considera, pelo que autarquia está «empenhada em avançar com as obras, logo que seja possível». Trata-se de transformar o caminho agrícola de seis quilómetros, entre Quinta da Cimeira e Penalobo, numa via com duas faixas de rodagem e que permitirá circular a velocidades até aos 100 km/hora. Entre Penalobo e Bendada está prevista a construção de uma obra de arte sobre a Ribeira da Bendada e uma rotunda com as ligações Penalobo/Sobreira e a Pousafoles do Bispo. A opção pela rotunda permite reduzir a ocupação dos terrenos adjacentes, salvaguardando-se assim a envolvente paisagística.

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