Arquivo

A metamorfose de Luís Sequeira

B. Riddim atua em novembro no TMG, onde vai musicar um clássico do cinema mudo

Luis Sequeira, Bellatur e B. Riddim são a mesma pessoa, mas reproduzem sensações diferentes. A mesma voz multiplica-se e ganha vida própria, marcando o amadurecimento de um artista que nasceu há 26 anos na Guarda. Hoje, o percurso do músico faz-se em Londres (Inglaterra), onde é produtor, compositor, DJ e MC.

«Tudo se desenvolveu de forma natural», sublinha Luís Sequeira. Os sons misturaram-se desde cedo com as palavras, o que fez com que «não conhecesse outro caminho», adianta. Mais conhecido atualmente como B. Riddim, o guardense junta Bellatur, nome artístico anterior, e Riddim, da forma jamaicana “rhythm”. «Bellatur sempre foi a espontaneidade e B. é a profundidade musical», destaca. Já a referência aos ritmos jamaicanos é «o reflexo de um sentimento verdadeiro pela música», descreve o compositor. A lembrança de Bellatur traz consigo os G-Ward, grupo fundado na cidade mais alta ao qual Luís Sequeira pertenceu. «Mais do que um coletivo, é uma identidade que continua representada cá dentro», garante. O jovem saiu da Guarda «pela mesma razão de outros» que partem em busca dos seus sonhos.

Primeiro mudou-se para o Porto, há oito anos, seguindo-se Madrid (Espanha), Vancouver (Canadá), Cidade do México (México), Amesterdão (Holanda) e Londres, onde “aterrou” há dois anos. «Tive o apoio dos meus pais, que é a melhor coisa que se pode ter», afirma. Na memória guarda as atuações com os G-Ward pela «plenitude» que pautava os espetáculos, sendo que a cidade que mais o marcou foi Vancouver: «A energia do público é muito própria, nunca senti nada igual», confessa B. Riddim. A sua agenda está repleta de atuações até final do ano, somando-se a edição de «algo digital» já este mês. Para o início de 2014 conta ter o seu próximo vinil editado, o segundo com o selo da editora Thrid-Ear. A par de B. Riddim, Luís Sequeira aposta ainda num projeto com os Escabeau. De resto, «em dezembro vou estar em Portugal, pelo que é sempre uma forma de matar a curiosidade», convida. O regresso definitivo não está nos planos do guardense, que participa na quinta sessão do “Cine-concerto”, no TMG, a 30 de novembro.

Conte-nos a sua história

ointerior@ointerior.pt

Sara Quelhas Luis Sequeira integrou os guardenses G-Ward

Sobre o autor

Leave a Reply