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Salários em queda pelo segundo ano consecutivo em Portugal

A maior descida salarial aconteceu nas funções de direção geral/administração e comerciais/vendas, com quebras de 4,94 por cento e 1,48 por cento, respetivamente.

Os salários em Portugal baixaram em 2013, pelo segundo ano consecutivo, de acordo com um estudo da consultora Mercer divulgado ontem e que revela que cerca de 31 por cento das empresas congelaram os ordenados.

«Devido ao efeito de substituição de colaboradores contratados com níveis salariais mais baixos para as mesmas funções, verifica-se, pelo segundo ano consecutivo, uma redução real dos salários em todos os grupos funcionais», refere o estudo “Total Compensation Portugal 2013”. A maior descida salarial foi verificada nas funções de direção geral/administração e comerciais/vendas, com quebras de 4,94 por cento e 1,48 por cento, respetivamente.

Segundo o documento, cerca de 31 por cento das 300 empresas que participaram no estudo «congelaram os salários para toda a sua estrutura». No que respeita ao número de trabalhadores, a maioria das empresas (65 por cento) pretende manter o número de colaboradores este ano, mas 18 por cento manifestaram intenção de reduzir o seu quadro de pessoal.

Para 2014, as estimativas da Mercer apontam para que o número de empresas que pretendem reduzir o seu quadro de pessoal baixe, passando dos 18 para cerca de 13 por cento. O estudo da consultora tem por base a análise de 114.526 postos de trabalho em 300 empresas presentes no mercado português, 56 por cento das quais multinacionais, 43 por cento empresas privadas e 1 por cento públicas.

Os sectores de atividade mais representativos são serviços gerais (27 por cento), bens de consumo (16 por cento), grande distribuição (13 por cento), serviços financeiros (9 por cento), alta tecnologia/telecomunicações (13 por cento) e indústrias diversificadas (5 por cento).

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