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A alternativa é elegante

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Quando há muitos anos no Liceu José Falcão pertenci a uma lista de alunos, não havia alternativas à nossa proposta. Não havia porque ninguém se candidatou e não por impossibilidade. Os alunos foram a votos e a pedido de vários partidos que estavam desgostosos da sua própria imobilidade votaram anulando muitos votos. Fiquei para desistir e chocado com aquela coisa. Muitos anos mais tarde eleito na Assembleia Municipal de Valença como deputado presenciei a vitoriosa candidatura sem oposição do meu amigo Gama. Mas muitos votaram abstendo-se ou anulando o voto. Era o número exacto dos que não apresentaram alternativa e que pertenciam a outros partidos. Trata-se pois de um processo mental de rejeição pura. Não sou dos teus, estou em minoria e portanto não te apoio. Uma medida de uma simplicidade ridícula, com um alcance nulo e sobretudo de oposição redutora. Um bom candidato não tem cor e um mau candidato deve ter oposição porque a alternativa tem uma dignidade que o absentismo afoga. Assim acalmo uma frustração que me sobrava da juventude e então não compreendi. Eles estão mal.

Por: Diogo Cabrita

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