Cerca de 200 docentes que neste início de ano letivo não obtiveram colocação inscreveram-se na última segunda-feira no Centro de Emprego e Formação Profissional da Guarda.
Números, que comparativamente ao ano passado, são «gravíssimos», sustentou Sofia Monteiro, coordenadora da direção distrital do Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC). Durante a próxima semana sairá nova lista de colocações, mas apenas para professores pertencentes ao quadro. Na semana seguinte será publicada a lista de professores contratados e a dirigente crê que «não haverá colocação para todos mas haverá dois grupos de professores que vão ter mais probabilidade de conseguirem horário», nomeadamente os que lecionam as disciplinas de Educação Física e Espanhol».
A nível nacional, os sindicatos estimam que cerca de 13 mil professores, cujo contrato com o Ministério da Educação e Ciência (MEC) terminou no último dia de agosto, terão pedido o subsídio de desemprego só na segunda e terça-feira. O ministro da Educação, Nuno Crato, disse que ainda serão colocados «alguns milhares» de docentes contratados, uma vez que o processo de colocação ainda está no início. Mário Nogueira, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), considerou que uma das explicações para a alteração que impediu os professores de se apresentarem segunda e terça-feira nas escolas, «pode ter como objetivo quebrar o vínculo contratual», precisamente por causa das ações em tribunal que visam obrigar o Estado português a cumprir a diretiva comunitária que determina que as regras aplicadas ao privado têm de ser aplicadas aos funcionários públicos.