O Centro Escolar Carolina Beatriz Ângelo, na Sequeira (Guarda), que faz parte do Agrupamento de Escolas (AE) da Sé, está a servir de escola de acolhimento para 52 crianças do 1º ciclo e do jardim de infância.
A escola que inicialmente se destinava a receber filhos de pais de trabalhadores de serviços essenciais, nomeadamente profissionais de saúde e forças policiais, também está a colher estudantes que não tenham os materiais necessários para acompanhar as aulas à distância. «Desde o ano passado triplicou o número de alunos que não têm computador ou Internet em casa», adiantou António Gonçalves, diretor do AE da Sé. Em declarações a O INTERIOR, o responsável declarou que no ano anterior tinha sido feito um levantamento dos alunos que possuíam esse tipo de material e «realmente foi uma surpresa a quantidade de estudantes que nos pediram ajuda».
Para além das 52 crianças que estão a acompanhar as aulas no estabelecimento escolar, a escola já recebeu 59 kits do Ministério da Educação para fornecer aos alunos que assim mostrem vontade. Cada um inclui um portátil e respetivo acesso à Internet para poderem acompanhar as aulas em casa. Segundo António Gonçalves, «esses kits destinam-se essencialmente a alunos que do escalão A, de acordo com diretrizes do ministério».
Os estudantes que necessitem de um destes kits devem contactar a escola e «depois irão preencher uma declaração e levam o material que devem devolver no final do ano letivo», clarifica o diretor. Já os encarregados que desejam que o seu educando seja acolhido no Centro Escolar da Sequeira devem manifestar essa vontade à respetiva titular de turma.
A EB de Santa Clara é a outra escola de acolhimento na Guarda e integra o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque. Apesar das várias tentativas, a direção do agrupamento não esteve disponível para falar com O INTERIOR até ao fecho desta edição.