Covid-19 Sociedade

Centro de Saúde do Sabugal é centro de vacinação piloto

Escrito por Jornal O INTERIOR

A vacinação na ULS da Guarda arranca esta sexta-feira. António Serra afirma que nesta fase «não poderá haver quebras de vacinas ao final do dia»

A Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP) do Sabugal foi a escolhida pela Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda para acolher um centro de vacinação piloto contra a Covid-19, essencialmente para testar o centro de agendamento.

Apesar de ainda não «termos uma data concreta de início» no distrito todo, o começo da vacinação está previsto para «o dia 12, em função das vacinas que iremos receber, mas na semana seguinte será generalizado a todas unidades de saúde da ULS», adianta António Serra, diretor clínico para os Cuidados de Saúde Primários, a O INTERIOR. «A ULS da Guarda irá iniciar o processo da mesma forma e ao mesmo tempo que a ARS do Centro», refere o médico, acrescentando que a única diferença é que na área de abrangência da ULS, quando vierem as vacinas, a vacinação avançará em todos os concelhos, enquanto nos restantes distritos será feita em «três ou quatro centros de saúde». Este processo será diferente do realizado nas ERPI’S porque «nos lares as pessoas estão todas no mesmo sítio e a equipa desloca-se ao local», ao contrário do que vai acontecer nesta fase, em que serão criados «pontos de vacinação que ficarão fora das instalações dos centros de saúde», assinala o médico.

E como será um universo maior, ou seja, serão muitas pessoas para vacinar, os médicos de família terão acesso a «uma listagem das pessoas». António Serra compreende que se trata de uma população com uma idade mais avançada e por isso será normal alguns utentes não terem sequer telemóvel, mas garante que «a vacina está assegurada. O utente receberá uma mensagem a dizer a hora e o local em que será vacinado e só tem de responder sim ou não». Caso não responda, «é contactado a nível local pelas equipas do centro de saúde», seja por uma chamada telefónica ou por carta. O diretor clínico para os cuidados de saúde primários esclarece também que as pessoas que já tenham sido infetadas com o novo coronavírus podem ser vacinadas, «desde que essa infeção não tenha ocorrido nos 15 dias anteriores à vacinação», especifica.

«É um trabalho em equipa e com certeza não será por falta de transporte que as pessoas não serão vacinadas. Claro que teremos de contar com a ajuda das autarquias, da proteção civil e dos seus serviços para transportar os doentes que não puderem deslocar-se pelos próprios meios», sublinha. Ainda não é conhecido o dia que chegam as vacinas nem quantas virão para a ULS da Guarda, o que já se sabe é que «não poderá haver quebras», declara o médico, que reconhece ser esta «uma situação que tem de ser bem gerida, que é dinâmica, que evolui todos os dias a todas horas de modo a que se chegue ao fim do dia e não haja perdas, que não existam frascos que fiquem por administrar». António Serra deixa ainda um apelo a todos os utentes da ULS da Guarda: «Tenham confiança nos médicos e enfermeiros de família».

Segundo dados fornecidos a O INTERIOR pela ULS da Guarda, até ao passado dia 30 de janeiro, 1.317 pessoas já tinham tomado a vacina completa contra a Covid-19. Com a primeira dose foram vacinadas 8.316 pessoas, nomeadamente profissionais de saúde, utentes e profissionais das ERPI, bombeiros e forças de segurança.

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