Sociedade

Reações ao falecimento de Bruno Navarro

Escrito por Jornal O INTERIOR

Presidente da Fundação Côa Parque morreu no sábado aos 43 anos

O presidente da Fundação Côa Parque e historiador, Bruno Navarro, faleceu aos 43 anos de morte súbita, no passado sábado.

Desde 2017 à frente da Fundação que gere o Museu e o Parque Arqueológico do Côa, Bruno Navarro era professor e investigador especializado em história contemporânea, doutorado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa com uma tese sobre o contributo da engenharia portuguesa para a projeção do império colonial nas primeiras décadas do século XX. Foi o grande impulsionador de novas dinâmicas no Museu do Côa e de novas parcerias institucionais que relançaram e promoveram, como nunca, a arte paleolítica do Vale do Côa no contexto nacional e internacional. A notícia da sua morte foi recebida com consternação e surpresa por toda a comunidade do Vale do Côa e da Cultura. Numa nota de pesar, a ministra Graça Fonseca lamentou o desaparecimento «precoce» de Bruno Navarro e destacou «o seu trabalho e a sua paixão pelo que fazia, como o património cultural que tão bem guardou e deu a conhecer com novos rumos, lança uma forte luz sobre os caminhos a seguir. É este o profundo reconhecimento que a Cultura portuguesa lhe deve», disse a ministra da Cultura.

Também o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lamentou «profundamente» a morte do presidente da Fundação Côa Parque. «O desaparecimento precoce de Bruno Navarro deixa um vazio imenso a nível pessoal e emocional para todos os que o conheciam e tiveram a oportunidade de partilhar a sua alegria e amizade, mas também na Ciência e na Cultura portuguesas», disse Manuel Heitor. Por sua vez, a Fundação Côa Parque e os seus trabalhadores prestaram um tributo emocionado a Bruno Navarro, salientando que «as suas decisões devolveram o protagonismo que esta arte de milhares de anos tem, sendo um testemunho ímpar da nossa humanidade, mas que só se pode plenamente revelar se integrado noutras potencialidades de desenvolvimento sustentável». Na nota divulgada pela instituição, fica ainda a promessa de «honrar o seu legado». Já a autarquia de Vila Nova de Foz Côa, através do seu presidente Gustavo Duarte, considerou que o concelho fica «mais pobre com a partida de um jovem dinâmico e entusiasta pelo desenvolvimento da região e sempre capaz de estabelecer ótimas parcerias institucionais».

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