Na última reunião com os parceiros do projeto “UPskill: Digital Skill & Jobs”, realizada na semana passada, o presidente do Instituo Politécnico da Guarda (IPG) informou que irá «desafiar outras empresas da região a fazer o mesmo que está a fazer a Altran».
Apesar de ainda não divulgar o nome dessas empresas, Joaquim Brigas garante que «são grandes empresas da Guarda». Para além do crescimento do Politécnico e da grande oportunidade para o estabelecimento de ensino, o professor defende que a aposta formativa tem «importância para os territórios do interior», pois contribui para fomentar «o desenvolvimento económico da região: mais gente qualificada, com ordenados acima da média, a viver na Guarda traz benefícios». Os representantes das entidades envolvidas estiveram no IPG no passado dia 17 para fazer um ponto da situação do curso. «Visitaram as instalações, falaram com os formadores, com os formandos e reuniram com a direção do Politécnico», adianta Carlos Carreto, coordenador do projeto no IPG.
A primeira edição começou «há sensivelmente mês e meio», mas «o balanço é bastante positivo, está a correr como previsto», acrescenta o responsável. Visto que é um projeto que exigia aos candidatos no mínimo o 12º ano, havia «receio que um aluno que não tem bases na área tivesse dificuldades, mas os formandos estão empenhados», adianta Carlos Carreto. A frequentar o “UPskill” estão neste momento 15 alunos com idades compreendidas entre os 22 e 35 anos e com formações anteriores em áreas diferentes: «Temos desde comerciais a pessoas com alguma ligação à informática», refere o coordenador. O projeto “UPskill: Digital Skill & Jobs” é uma parceria nacional com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APCD) e o Conselho dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
A estas entidades junta-se a Altran – multinacional francesa de consultoria em inovação e engenharia de alta tecnologia – que tem o compromisso de «contratar pelo menos 80 por cento dos diplomados e de pagar ordenados não inferiores a 1.200 euros», adianta Joaquim Brigas. O UPskill pretende formar pessoas que queiram obter competências digitais e dar-lhes a melhor preparação possível para o mercado de trabalho na área das tecnologias da informação, visto que a formação tem a vertente teórica (seis meses) e a vertente prática nas instalações da Altran (três meses).